O pregão na Bovespa teve ontem um divisor de águas: o jogo de estreia do Brasil na Copa do Mundo da África do Sul. O grosso das operações ocorreu antes das 15 horas, a tempo de os investidores e operadores se prepararem para assistir à partida. Desta forma, o Ibovespa pouco se mexeu depois desse horário, garantindo até o final o desempenho conquistado mais cedo. E ele foi de alta: a Bovespa retomou os 64 mil pontos, nível registrado pela última vez há pouco mais de um mês.A crise europeia continua no radar, mas sem a mesma força de meses atrás. Essa percepção foi reforçada ontem, quando os mercados resistiram a algumas notícias frustrantes do Velho Continente (como o rebaixamento de bancos gregos) e recuperaram terreno perdido. A Bovespa teve ganho de 1,43%, seguindo de perto a forte alta de 2,10% verificada na Bolsa de Nova York. Na Europa, os principais mercados também encerraram os negócios em terreno positivo, a exemplo de Londres (0,30%) e Paris (0,97%). Um dos fatos que agradaram os investidores foram os comentários da Comissão Europeia de que Alemanha, Espanha, Portugal e outros nove governos da União Europeia estão na direção certa para atingirem suas metas de déficit de orçamento em 2010
Como antecipado por muitos, a estreia do Brasil na Copa do Mundo foi um desestímulo para o investidor local. Foram negociados em torno de R$ 3,7 bilhões, abaixo dos R$ 5 bilhões médios movimentados diariamente.
Câmbio
Diferentemente da bolsa, que manteve o horário regular, o mercado de câmbio doméstico encerrou suas atividades às 13h30, por decisão do BC. Pela primeira vez em quatro semanas, a cotação do dólar concluiu o expediente abaixo de R$ 1,80, a R$ 1,793, em uma queda de 0,82%.
Para compensar, o investidor deve ter um dia bem mais movimentado na jornada de hoje. A agenda está carregada de indicadores importantes: os números da inflação e dos setores imobiliário e industrial dos EUA devem mexer com os mercados.