A holding LVMH, dona da Louis Vuitton e outras marcas de luxo, anunciou hoje a compra da rede de hotéis Belmond por US$ 3,25 bilhões. A rede administra dois hotéis brasileiros, o Hotel das Cataratas, em Foz do Iguaçu (PR) e o famoso Copacabana Palace (RJ), além de outros hotéis luxuosos.
Além do Copacabana Palace, a Belmond passará o controle de outras propriedades hoteleiras “exclusivas” à LVMH, entre elas o único hotel em Machu Picchu, no Peru, e o Hotel Splendido, na Riviera Italiana.
Esses não são os primeiros hotéis que a LVMH passa a comandar: ela está por trás também do hotel Cheval Blanc, na estação de esqui Courchevel, nos Alpes Franceses, e a rede de hotéis Bvlgari.
A transação ainda está sujeita à aprovação dos acionistas da Belmond e de órgãos competentes, mas a expectativa é de que já no primeiro semestre de 2019 ela seja concluída.
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Nos 12 meses encerrados no final de setembro, o Belmond registrou EBTIDA (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de US$ 140 milhões e uma receita de US$ 572 milhões. O acordo avaliou seus ativos em US$ 2,6 bilhões em ações e o restante em dívidas, totalizando os US$ 3,2 bi.
“Esta aquisição aumentará significativamente a presença da LVMH no mundo da hospitalidade”, disse o diretor-executivo da LVMH, Bernard Arnault, em comunicado. “Belmond oferece experiências únicas para os viajantes mais exigentes e possui uma série de ativos excepcionais nos destinos mais desejados”, completou.
O Copacabana Palace
Certamente o hotel mais famoso do Brasil, o Copacabana Palace foi construído entre 1919 e 1923, quando Rio de Janeiro era a capital do país, a pedido do então presidente Epitácio Pessoa. O empresário Octávio Guinle foi o responsável por bancar sua construção.
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Ele foi inspirado em famosos hotéis da Riviera Francesa, como o Carlton, em Cannes, e já hospedou celebridades de todo o mundo - a atriz Brigitte Bardot, Princesa Diana, Evita Perón, Nelson Rockfeller, Janis Joplin e Louis Armstrong são algumas delas.
Em 1985 ele tornou-se patrimônio histórico e foi tombado nas esferas federal, estadual e municipal. Quatro anos mais tarde a família Guinle vendeu o hotel ao grupo Orient-Express Hotel, que colocou a propriedade sob um processo de modernização. Hoje, suas diárias partem de R$ 1.500.
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