A Copel pode recuperar no futuro parte do reajuste suspenso a pedido da companhia. "A concessionária pode solicitar que parte do reajuste seja considerado financeiro", afirmou ontem o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino.
Segundo Rufino, isso aconteceu com algumas distribuidoras de energia, nos casos em que a revisão tarifária foi feita com defasagem. "Tem um financeiro passado que você pode repassar integralmente ou em parcelas", disse. "O reajuste fica deslocado, e a próxima (revisão tarifária) pode ser positiva ou negativa. Aí, o novo reajuste se calcula normalmente, e tem lá um financeiro X% que vai ser acrescido no futuro."
Rufino afirmou que deslocar o reajuste no tempo é um direito de toda a concessionária. Ele disse ainda que o processo de reajuste não é uma imposição da Aneel. Segundo ele, a Copel ainda não formalizou qual o nível de diferimento do reajuste que pretende aplicar.
Companhia
Em nota ao mercado, a Copel informou que apresentará "oportunamente à Aneel o pleito definitivo relativo ao diferimento". Ontem, o mercado reagiu bem à Copel. As ações subiram 2,99% no pregão.