A Copel vai antecipar na próxima semana R$ 3 milhões à Sercomtel, estatal de telefonia ligada ao município de Londrina quase metade da sua parte na injeção de capital que está sendo feito na empresa. Na quarta-feira, a estatal confirmou que está disposta a fazer a segunda parte do aporte, em 2014. A companhia de telefonia reivindica R$ 30 milhões para colocar em prática um plano de reestruturação.
A injeção de recursos está sendo feita em duas fases: R$ 15 milhões em 2013 e mais R$ 15 milhões no ano que vem. Em cada etapa, a Prefeitura deve repassar R$ 8,25 milhões, por ser a sócia majoritária, com 55% das ações. A Copel, detentora de 45%, entra com R$ 6,75 milhões. De acordo com o presidente da Copel Participações, Júlio Jacob Júnior, a segunda fase só depende da disponibilidade de recursos da administração municipal.
"A grande dificuldade que existe na relação financeira é o Município ter recursos para fazer aporte", declarou Jacob Júnior, que lembrou que a Copel foi flexível e aceitou que a Prefeitura usasse imóveis para dar a sua parte no aporte. "Se tiver disponibilidade ou outros bens [municipais] para aumento de capital, não vejo nenhuma dificuldade", reforçou o presidente da Copel Participações. "Nós acreditamos nesse plano de reestruturação", completou.
O restante da parte da Copel na primeira fase do aporte mais R$ 3,75 milhões virá depois que os terrenos doados pela Prefeitura forem escriturados em nome da empresa de telefonia. Na avaliação do presidente da Sercomtel, Christian Schneider, isso deve acontecer no fim de dezembro.
Ainda assim, Schneider afirmou que os R$ 3 milhões que serão adiantados pela Copel na segunda-feira são suficientes para fazer frente aos compromissos financeiros da Sercomtel neste fim de ano.