A Copel pode rever sua política de dividendos, informou ontem o novo diretor financeiro da estatal, Luiz Eduardo Sebastiani. Em teleconferência com analistas de mercado, ele deu a entender que o porcentual do lucro destinado aos acionistas será elevado. Embora tenha subido de 25% para 35% no governo de Beto Richa, o índice ainda é inferior ao de outras elétricas.

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A notícia agradou ao mercado e fez as ações da empresa fecharem o dia com alta de 2,4%. "Nosso desafio é vincular essa política de dividendos à geração de lucros necessária para novos investimentos. É um desafio interessante e complexo, mas está na nossa agenda", disse Sebastiani.

Lucro menor

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No início da semana, a Copel divulgou um prejuízo de R$ 97,5 milhões no quarto trimestre de 2012, o primeiro após 35 trimestres, e uma queda de 38% no lucro anual.

Sebastiani destacou que a retração foi causada por eventos não recorrentes, como ajustes patrimoniais determinados pela agência reguladora e a reserva de R$ 169 milhões para despesas com o programa de demissão voluntária (PDV).

Se descontados esses efeitos, o lucro da estatal teria ficado praticamente estável, disse o executivo. Ele ressaltou que, apesar das despesas iniciais, o PDV vai gerar economia de custos. Até 2014, a folha de pagamentos ficará 10% menor, estima o diretor.

"2012 foi um ano de ajustes. Estou certo de que em 2013 viraremos a página e teremos um ano completamente diferente e muito melhor", disse o presidente da Copel, Lindolfo Zimmer.

Dívida estadual

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Sebastiani lembrou aos analistas que a Copel e o governo estão negociando a quitação antecipada de uma dívida de R$ 1,3 bilhão que o estado tem com a empresa – o que, se ocorrer, vai elevar a capacidade de investimentos da estatal. A ideia do governo é pegar um empréstimo mais barato no mercado e, assim, liquidar suas pendências com a Copel.