Inovação
Governo quer usar rede para políticas de desenvolvimento
O governo do estado pretende utilizar a rede de fibra óptica para melhorar a comunicação entre os municípios e o Palácio Iguaçu e transferir para a internet serviços para o cidadão. Para fomentar novas ideias que usem a rede, a Copel se uniu com a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e lançou o programa BEL-i9. Um dos objetivos do programa é incentivar empreendedores a lançar aplicações que ajudem no desenvolvimento do e reduzam os custos das empresas. A Copel espera começar neste ano a seleção de projetos que serão incumbados. Parte da verba do projeto, R$ 15 milhões, veio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia, e outra parte, de valor não divulgado, está sendo pleiteada com a Fundação Araucária.
Concorrência
Crescimento deve baratear serviço, diz executivo
A Copel está entrando na briga com Oi, GVT e Net atualmente as três operadoras de banda larga a cabo no estado. A Oi está presente em quase todo o Paraná, em 397 municípios (a empresa herdou a infraestrutura da antiga Telepar), mas não tem rede de fibra óptica. A GVT está em 32 cidades e a Net, líder de banda larga no país, em apenas oito municípios, segundo informação de seu site.
"Conseguiremos chegar a cidades que não têm internet a cabo, isso é parte importante do plano", afirma o superintendente de telecomunicações da Copel, Antonio Carlos Pereira de Melo. "Hoje o preço nosso em Curitiba é mais barato que a internet ADSL, de menor qualidade, no interior do estado. Com a massificação do produto, esperamos que os preços caiam ainda mais", afirma.
A Copel Telecom, braço de telecomunicação da estatal paranaense de energia elétrica, está entrando no mercado de internet residencial. A empresa sempre operou no atacado, vendendo a capacidade de sua rede para outros provedores ou diretamente para médias e grandes empresas. O plano agora é ser uma opção de banda larga para todos os paranaenses. A empresa considera inclusive pacotes "triple play" no futuro, com oferta de internet, telefone e TV a cabo.
O serviço de internet residencial, chamado Bel Fiber, já é oferecido em Curitiba e Irati, na região Centro-Sul, com pacotes de banda larga de 20 Mbps (megabits por segundo) a 100 Mbps. Os preços variam de R$ 109 a R$ 349. Em Ponta Grossa e Foz do Iguaçu, o serviço começa ainda neste ano. Até o fim de 2014, o plano é chegar a 25 municípios.
A estatal finalizou recentemente a implementação de uma rede de fibra óptica interligando todos os 399 municípios do Paraná. Em dezembro passado, o município de Ventania, nos Campos Gerais, foi o último a se integrar à rede. O estado é o primeiro do país a ter uma infraestrutura digital interligada.
Com a capilaridade da rede e a qualidade da fibra óptica, a empresa se coloca numa boa posição para crescer nesse mercado. A expansão só não será mais rápida porque a Copel precisa fazer o cabeamento óptico dentro das cidades. A estatal trabalha com a tecnologia Fiber To The Home (FTTH), em que a fibra óptica chega diretamente ao computador do cliente. Outras empresas de tele oferecem a solução FTTH apenas quando o consumidor contrata um plano de 100 Mbps ou maior.
Além de menos suscetível a problemas de clima, a fibra permite a expansão de planos e pacotes com maior velocidade sem a necessidade de grandes investimentos. A rede também tem capacidade para trafegar uma grande quantidade de conteúdo. As teles, por exemplo, criaram soluções híbridas de tevê para aproveitar a fibra. A GVT adotou o modelo IPTV, em que o sinal da tevê chega via satélite, mas a parte de interatividade e filmes sob demanda vem pelo cabo de internet.
De acordo com o superintendente de telecomunicações da Copel, Antonio Carlos Pereira de Melo, a empresa não descarta entrar no mercado de tevê a cabo no futuro, sozinha ou em parceria. Atualmente, a estatal tem uma parceria com a Sercomtel, empresa da qual é acionista, para oferecer serviço de telefone aos clientes. Nos planos combinados, o preço da internet sai R$ 20 mais barato para quem também contrata o serviço de telefonia.
Infraestrutura
Na capital, falta de tubulação adequada é o principal problema
Em Curitiba, a Copel vem enfrentando um problema comum para as teles que chegaram mais tarde ao mercado: a dificuldade de encontrar prédios com tubulação adequada para o recebimento da fibra. Muitos prédios têm tubulação com capacidade para receber apenas um serviço de tevê ou banda larga os tubos são muito finos para ter uma segunda ou terceira opção. Com isso, os moradores têm de entrar em acordo sobre a empresa que vão contratar para o serviço.
O problema é quase nulo no interior, onde o número de prédios é bem menor. Em Irati, a primeira pequena cidade em que a Copel começou a oferecer a banda larga, o interesse dos clientes residenciais surpreendeu a estatal. "Não fizemos nenhum plano de marketing. A única coisa foi uma entrevista para uma rádio local. A procura foi grande", afirma Antonio Carlos Pereira de Melo, superintendente de telecomunicações da empresa. Segundo ele, a adesão de clientes residenciais supera a de pequenas e médias empresas. A operação começou em dezembro e a Copel ainda não informa dados sobre o número de usuários.
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