A Copel espera para a próxima semana a publicação de uma Medida Provisória (MP) que alteraria as regras para a realização, pelo governo, de leilões de hidrelétricas cuja concessão venceu, disse em teleconferência nesta sexta-feira (14) o presidente da empresa, Luiz Fernando Vianna.
Segundo o executivo, essa MP traria mudanças significativas, permitindo que a vencedora da licitação fique com uma parcela da energia das usinas, o que melhoraria “bastante” as condições para as empresas, que pelas atuais regras devem direcionar toda a produção para as distribuidoras, em cotas, por tarifas baixas, que cobrem apenas custos de operação e manutenção.
“A expectativa que temos é de que a regra criada lá atrás, com a MP 579 [de 2012], altere significativamente. Você teria uma parte da energia que viraria cotas e outra parte que não. Obviamente que isso vai depender de uma licitação, mas as condições melhoraram bastante”, disse o executivo.
O governo determinou, em uma portaria publicada em maio, que seja realizado em setembro uma licitação para ofertar ao mercado usinas cujas concessões venceram, o que envolve hidrelétricas de Copel, Cemig e Cesp, entre outras empresas.
Segundo Vianna, caso essa mudança se concretize, a Copel entraria no leilão para disputar as usinas Parigot de Souza, com 260 megawatts, e Mourão I, de 8,2 megawatts, cujo contrato de concessão venceu no início de julho.
Essas usinas pertenciam à Copel, que segue como responsável pela operação de ambas até a realização do leilão. “Vamos nos empenhar nessas usinas”, disse Vianna.