A Companhia Paranaense de Energia (Copel) planeja investir R$ 2,477 bilhões em 2015, valor que, se concretizado, será o maior da história da empresa. Desse montante, pelo menos R$ 939 milhões 38% do total serão aplicados fora do Paraná.
O dinheiro vai para as obras da hidrelétrica de Colíder, em Mato Grosso, para sistemas de transmissão de energia em vários estados e para parques eólicos no Nordeste. Esses empreendimentos fazem parte da estratégia da empresa de ampliar sua participação no mercado brasileiro de geração e transmissão de energia e, especialmente na parte de geração, as "novas fronteiras" estão bem longe do Paraná.
O programa de investimentos foi aprovado pelo conselho de administração da Copel nesta quinta-feira (11). A usina de Colíder é, isoladamente, o maior investimento, com previsão de R$ 345 milhões. As linhas e subestações de energia em outros estados vão receber R$ 341 milhões. E a empresa vai destinar R$ 163 milhões a três complexos eólicos no Rio Grande do Norte.
No Paraná, a maior obra é a da hidrelétrica de Baixo Iguaçu, no Sudoeste, que em 2015 deve receber R$ 159 milhões. Mas a construção, uma parceria com a empresa privada Neoenergia, está parada desde meados do ano por força de uma decisão judicial.
Na divisão por subsidiárias, o maior volume de recursos vai para a Copel Geração e Transmissão, com R$ 1,3 bilhão. Para os investimentos da Copel Distribuição estão reservados R$ 785 milhões e, para a Copel Telecomunicações, R$ 108 milhões.
Abaixo do programado
Embora o programa de investimentos de 2015 desponte como o maior da história da Copel, a empresa historicamente investe menos que o planejado. Tem sido assim desde 2005. Em 2014, por exemplo, a estatal esperava desembolsar R$ 2,617 bilhões em novas instalações, mas no mês de agosto admitiu que o montante provavelmente ficará mais próximo de R$ 2 bilhões. Um valor que, considerando-se a inflação do período, é muito próximo ao investido em 2012 e 2013.
Uma das explicações para o desembolso inferior ao planejado é o repasse apenas parcial dos reajustes tarifários autorizados em 2013 e 2014 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo a própria Copel, ao cobrar tarifas inferiores às permitidas, abriu mão de quase R$ 900 milhões em dois anos.
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