A Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) registrou no primeiro trimestre de 2013 um aumento de 8,9% no fornecimento de energia elétrica, em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (30), e demonstram um crescimento nas vendas nos dois mercados atendidos pela empresa cativo (composto por residências, indústrias e classe rural) e livre (empresas de outras regiões que, através de leilões, compram energia paranaense).
Esse resultado foi influenciado principalmente pelo crescimento de 216,7% nas vendas para o mercado livre, que totalizou 1.009 gigawatt-hora (GWh) no trimestre. "Houve uma forte migração de muitas indústrias para esse mercado, uma vez que elas estão vendo benefícios financeiros nessa forma de compra de energia", explica Margarete Pisetta de Almeida, gerente da divisão de estudos de mercado de energia elétrica da Copel.
Já o mercado cativo, que engloba a maior parte dos consumidores da empresa, teve um consumo de 5.776 GWh. O destaque ficou para o aumento de 4,3% no consumo da classe residencial, que chegou a 1.726 GWh. "Tal impulso foi ocasionado pelo aumento da renda da população. As pessoas passaram a gastar mais com conforto para casa, comprando aparelhos que consomem mais eletrecidade, como ar-condicionado e semelhantes", diz a diretora.
Esse grupo equivalia a 29,9% do mercado cativo da Copel, totalizando 3,2 milhões de pessoas atendidos, ao final de março.
O consumo da classe rural e de classes diversas poderes públicos, iluminação pública, serviços públicos e consumo próprio , tidos como os menos representativos, também contabilizaram aumento. A primeira cresceu 3,4% no período (572GWh) e a segunda 1,2% (552 GWh).
Na contramão, a classe industrial que representa 27,7% do mercado cativo, com 88,5 mil consumidores - apresentou uma redução de 12,7% no consumo do primeiro trimestre, totalizando 1.602 GWh. "Aqui nós vemos o reflexo do aumento do mercado livre. Como ele ganhou, quem perdeu foi a classe industrial", ressalta Margarete.
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