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Veja como funciona a internet "elétrica" |
Veja como funciona a internet "elétrica"| Foto:
  • Operários instalam cabos de fibra óptica em Santo Antônio da Platina: experiência com 300 domicílios

Desde o começo da semana passada operários estão instalando cabos de fibra óptica nos postes de energia elétrica de uma das principais ruas de Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro. Por esses cabos, a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) pretende levar a 300 domicílios o acesso à internet banda larga via rede elétrica.

O projeto, ainda em fase de testes, faz de Santo Antônio da Platina, a primeira cidade brasileira a contar com a tecnologia PLC (Power Line Comunications), que torna o acesso à rede mundial de computadores até 50 vezes mais rápida. A previsão é de que até o fim de março os usuários do sistema da Copel, comecem a usufruir da nova tecnologia – a princípio, limitada a um dos lados da rua 13 de Maio, que corta o centro da cidade. Os testes devem durar um ano, e nesse período o desempenho será monitorado e avaliado pela companhia. A disponibilidade da tecnologia também não vai representar custo adicional na fatura no final do mês. Enquanto estiver operando em fase de testes, o serviço será gratuito. A empresa também ainda não tem um calculo de quanto o serviço pode custar quando estiver disponível comercialmente.

De acordo com o diretor de Distribuição da Copel, Ronald Tadeu Ravedutti, as pessoas que vão integrar os testes terão o compromisso de monitorar o funcionamento da internet. As informações desses clientes, explica o diretor, é que vão conduzir ao aperfeiçoamento da infra-estrutura.

"Serão 300 pontos, que já foram escolhidos dentro de alguns critérios pré-estabelecidos. Temos residências, projetos educacionais, escolas e estabelecimentos comerciais. Procuramos selecionar locais onde funcionam vários computadores juntos. Dessa forma, a pesquisa será bem ampla", disse.

Uma das maiores vantagens do PLC é a velocidade. "Hoje existem poucos fornecedores e seus serviços são restritos em qualidade e uso de facilidades. O que propomos é oferecer acesso à internet banda extra-larga, isto é, acesso a velocidades acima de 10 megabits por segundo. Isso acrescido de telefone, medição de energia, vigilância e segurança, entre outros", explica Ravedutti.

O sistema PLC usa fios da rede elétrica como meio físico para levar os serviços de telecomunicações. Nesse primeiro momento, somente a internet será instalada, mas futuramente, a tecnologia deverá também facilitar o serviços em outras áreas da telecomunicação, como TV a cabo, por exemplo.

Outra vantagem do PLC será a viabilidade de monitoração e controle da rede elétrica e também a medição e controle do serviço de energia elétrica de seus consumidores. "Pretendemos testar e avaliar esta aplicação, o que seria de muito benefício para todos os usuários", completa.

O PLC já vem sendo utilizado em mais de 40 países e sendo explorado comercialmente em pelo menos 20 deles. Desde 1998, a Copel está pesquisando a tecnologia e tornou-se a primeira concessionária de energia do Brasil a obter autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para atuar também na área de telecomunicações. Em 2001 a empresa testou pioneiramente no país as conexões por meio da rede elétrica num grupo de 50 domicílios de Curitiba, utilizando equipamentos cedidos mediante convênio de cooperação com uma empresa da Alemanha. Os testes concluíram pela viabilidade da tecnologia desde que ela pudesse ser aprimorada, de forma a poder competir com as alternativas existentes.

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