A quantidade e a duração média de "apagões" sofridos pelos clientes da Companhia Paranaense de Energia (Copel) diminuíram pelo segundo ano em consecutivo em 2011, atingindo os menores níveis desde o início das medições, em 1990.
No ano passado, cada consumidor da empresa sofreu em média 8,12 desligamentos de energia não programados e ficou 10,35 horas (o equivalente a 10 horas e 21 minutos) sem energia. Na comparação com os índices de 2010, o número de apagões diminuiu 14% e sua duração, 10%. Desde 2009, as reduções foram de 26% e 20%, respectivamente.
Os índices FEC (frequência) e DEC (duração) são monitorados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que define metas anuais de desempenho para as concessionárias. No ano passado, a agência reguladora estabeleceu para a Copel índices máximos de 11,94 para o FEC e 13,53 para o DEC, cumpridos com folga pela empresa -- em anos anteriores, a companhia chegou a ser multada pelo "estouro" dessas metas.
"O resultado de 2011 nos deixa eufóricos", diz o presidente da estatal, Lindolfo Zimmer. "Foi obtido num momento em que o consumo de energia do estado cresce em ritmo bem mais rápido que a média nacional. E é muito bom para a atração de novas indústrias. Elas saberão que aqui no Paraná terão um fornecimento de energia de boa qualidade para desenvolver seus negócios."
Para Zimmer, os investimentos na área de distribuição - responsável por levar a energia elétrica às unidades consumidoras - foram fundamentais para a queda no número e na duração das interrupções. E o fim do congelamento das tarifas da Copel, segundo ele, contribuiu para esses investimentos. A política de descontos, que vigorou durante o governo de Roberto Requião, foi abandonada ainda em 2010, durante a gestão de Orlando Pessuti. "Na hora em que há frustração de receita, não há o investimento necessário. Sem investimento, cai a qualidade."