Balanço
Marca tem novo recorde de lucros
A Apple divulgou na semana passada o seu balanço fiscal para o trimestre, que trouxe um novo recorde de lucros. A empresa fechou o período com uma receita de US$ 28,57 bilhões, um valor 82% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, e com um lucro de US$ 7,31 bilhões, 125% maior. Os números refletem principalmente o aumento nas vendas do iPad (1 e 2) e dos vários modelos do iPhone.
O tablet atingiu 9,25 milhões de unidades vendidas, 183% mais do que no ano passado, enquanto 20,3 milhões de aparelhos iPhone foram comercializados entre abril e junho deste ano. A linha de computadores também ajudou nos resultados positivos da empresa, com um total de 3,95 milhões de unidades vendidas e um aumento de 14% em relação ao ano passado.
Apenas o iPod tem perdido mercado a queda de venda do toca-MP3 foi de 20% com 7,54 milhões de unidades vendidas em relação às 9,41 milhões de unidades que a Apple vendeu em 2010.
Ultrapassagem
Na quinta-feira, a Nokia divulgou seu balanço trimestral, em que registrou prejuízo de 492 milhões de euros, revertendo resultado positivo de um ano antes. Com a queda, a fabricante finlandesa perdeu a liderança do mercado de smartphones para a Apple.
"Pareciam produtos da Apple. Tinha aquela clássica escada sinuosa e a estranha área de descanso no andar de cima. Os funcionários até usavam aquelas camisetas azuis com os crachás da Apple em volta dos pescoços." O relato está no blog de uma americana de 27 anos que mora em Kunming, na China. Ela descreve o interior de uma loja que reproduz as unidades oficiais de varejo da companhia sem autorização.
A Apple não tem lojas próprias em Kunming, só representantes que não podem usar o nome da Apple Store, famosa pelo rigor do treinamento e o design arrojado. Intrigada com a similaridade, a blogueira perguntou a uma vendedora se ela trabalhava para a Apple. A resposta foi: sim. Outro atendente confirmou que a unidade não tem autorização.
"Era uma cópia completa da Apple Store. A melhor cópia de uma loja que havíamos visto", escreve a americana.
As réplicas chinesas da Apple são fruto de seu próprio sucesso. Os quatro pontos de venda oficiais no país vivem lotados. A empresa diz que as unidades são agora as lojas de maior movimento no mundo e geram o maior faturamento, superando até a da Quinta Avenida, em Manhattan, que funciona 24 horas.
A Apple diz que está planejando uma terceira loja em Xangai e dezenas de outras espalhadas pelo país. A empresa também anunciou um novo ponto na estação Grand Central, em Nova York, que será o maior da rede.
"A Apple fez o que o Google e o Facebook não foram capazes de fazer: tornar-se a líder do mercado chinês", disse John Quelch, diretor da Escola Internacional China-Europa de administração de empresas, em Xangai. "A escassez estimula as vendas."
O relato no blog repercutiu. Clientes voltaram ao local para cobrar certificado de autenticidade dos produtos.
O barulho foi tamanho que deflagrou uma ação das autoridades. Depois de visitar cerca de 300 pontos comerciais, representantes do governo local ordenaram o fechamento de duas réplicas da Apple Store, do total de cinco encontradas. As lojas vendiam produtos originais, segundo a equipe de fiscais, mas não tinham alvará de funcionamento.
Brasil
Embora a companhia não tenha uma Apple Store no Brasil, há pontos de venda exclusivos de seus produtos. Lojas como iTown, myStore e a2You (que em Curitiba funciona no Shopping Mueller) são revendas autorizadas e têm traços semelhantes às oficiais. Não por acaso. Os Apple Premium Resseller, como são chamados, passam por treinamento com representantes da Apple.
Sucessor
Segundo o Wall Street Journal, membros da diretoria da empresa vêm discutindo nomes de possíveis sucessores de Steve Jobs com empresas de recrutamento e com pelo menos um diretor de uma grande empresa de tecnologia. Segundo o jornal, Jobs afirma que os rumores são "bobagem"; oficialmente, a empresa nega recrutar um novo presidente. A diretoria da empresa tem sido alvo de críticas do ponto de vista da governança em assuntos que vão de remuneração de executivos via ações à doença de Jobs e sua sucessão.
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