Uma nova tecnologia desenvolvida por pesquisadores da Xerox pode permitir que o usuário faça, em casa, cópias autenticadas de documentos ou até mesmo contratos protegidos por códigos fluorescentes, que só podem ser visto sob luz ultravioleta. O sistema pode baratear e facilitar a proteção de diversos conteúdos a serem impressos, de documentos importantes a um convite para uma festa com acesso restrito.
Tradicionalmente, para que uma inserção fluorescente seja colocada, é preciso uma impressora especial. A nova tecnologia (foto) consegue criar esses códigos com um equipamento de cópia e impressão comuns -- o segredo é a utilização da fluorescência já presente no papel. Segundo a publicação "Technology Review", muitos fabricantes de papel adicionam químicos fluorescentes para aumentar a sensação de brancura do produto. O novo sistema de impressão utiliza diferentes combinações de cores para produzir o mesmo efeito.
Em um documento simples, em preto e branco, os tons cinzas são feitos cobrindo toda a superfície do papel com uma tinta nessa tonalidade ou pintando uma fina cama de preto granulado. Para o olho humano, as duas estratégias têm o mesmo efeito. Com a segunda abordagem, porém, mais papel fica exposto -- é essa parte exposta que fica fluorescente quando exposta à luz ultravioleta.
Fazer isso com tons coloridos é complicado, mas o mesmo princípio se aplica. Trabalhando com a linguagem de quatro cores das copiadoras -- ciano, magenta, amarelo e preto --, é possível criar as mesmas sombras com diferentes combinações, para deixar mais ou menos papel exposto. Para isso, basta modificar o software que controla a combinação de cores.
"Esse é o segredo: saber como combinar as quatro cores para dar diferentes coberturas e efeitos visuais. Isso é complicado e precisamos tornar as combinações cada vez melhores", disse Reiner Eschback, pesquisador do Centro de Pesquisas da Xerox em Webester, nos Estados Unidos, que desenvolveu a tecnologia.
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