Brasília (Das agências) O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve o conservadorismo e cortou ontem, por unanimidade, os juros que servem de referência para a economia em 0,5 ponto porcentual, levando a taxa Selic de 19% para 18,5%. Essa foi a terceira redução seguida. No mês passado, o Copom já havia cortado a Selic em 0,5 ponto porcentual, de 19,5% para 19%. Agora, a taxa está no seu menor patamar desde fevereiro deste ano (18,75%).
A decisão, já esperada pela maior parte dos analistas do mercado financeiro, ocorre mesmo depois de a inflação de setembro ter ficado bem acima da registrada no mês anterior, 0,75% contra 0,35%. Ainda assim, uma pequena parte do mercado acreditava em uma redução maior, de 0,75 ponto porcentual.
A continuidade da política de redução dos juros foi possível porque a trajetória da inflação para este ano e para o próximo continuam próximas da meta. Na última pesquisa feita pelo BC com analistas, a previsão era de um IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE) de 5,53% neste ano. Para o ano que vem, eles esperam uma inflação de 4,55%.
O IPCA é o indicador usado pelo governo para as metas de inflação, que neste ano é de 4,5%, com uma margem de tolerância de 2,5 pontos porcentuais para cima ou para baixo. Embora a meta seja de 4,5%, o BC anunciou em setembro do ano passado que iria perseguir uma taxa de 5,1%. Para 2006, a meta é de 4,5%, com margem de dois pontos porcentuais.
Um dos motivos que levou o BC a adotar uma política monetária mais dura por nove meses entre setembro do ano passado e maio deste ano foi o temor de que a recuperação econômica provocasse reajustes nos preços por parte da indústria. Essa pressão pode ser maior se a indústria não for capaz de atender toda a demanda.
Mas esse risco foi descartado neste ano, quando a indústria passou a crescer em um ritmo um pouco menor. Em setembro, a produção industrial caiu 2% na comparação com agosto, segundo o IBGE.
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