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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (18), por unanimidade, cortar a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual para 10,5% ao ano. Com isso, manteve o ritmo de queda do juro básico da economia iniciado em agosto, quando a taxa havia sido reduzida em 0,5 ponto porcentual.

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CNI: juros continuam acima de padrões internacionais

Força Sindical: Copom perdeu oportunidade de corte maior

O Copom adotou a decisão citando os efeitos de um "ambiente global mais restritivo" e uma inflação com tendência de queda, segundo o texto. "Um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012", de menos de 5%, afirmou o BC.

A decisão era esperada pelo governo e pelo mercado diante do esfriamento da atividade econômica mundial, que reduziu as pressões inflacionárias no Brasil, permitindo ao BC deixar de lado seu plano de taxas elevadas para conter o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

De acordo com levantamento do AE Projeções, serviço da Agência Estado, de 80 instituições financeiras consultadas, 79 esperavam uma queda de 0,5 ponto porcentual, e uma apostava em corte de 0,25 ponto porcentual.

A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 06 e 07 de março. A ata da reunião desta quarta-feira será divulgada pelo BC na quinta-feira da próxima semana, dia 26 de janeiro.

CNI: juros continuam acima de padrões internacionais

Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou que o novo corte de 0,50 ponto porcentual na taxa básica de juros, a Selic, veio em linha com as avaliações da entidade sobre o desaquecimento da atividade econômica e a tendência de convergência da inflação para o centro da meta, de 4,5%. No entanto, a CNI destaca que o corte "ainda mantém os juros brasileiros acima dos padrões internacionais, evidenciando a existência de espaço para novas reduções".

"O ambiente internacional de dificuldades das economias europeias continua gerando incertezas e restrição de crédito, o que justifica a atenção do Banco Central brasileiro com a liquidez e o custo do dinheiro no País. A CNI considera ser necessário dar continuidade ao ciclo de redução dos juros, de modo a atenuar os efeitos da baixa atividade mundial na economia brasileira e evitar novo movimento de valorização cambial", diz a nota da CNI.

A entidade defende rigor na execução do orçamento de 2012, com o contingenciamento de despesas para assegurar o cumprimento da meta fiscal. Mas, destaca, que essa ação "não pode comprometer o cronograma dos investimentos prioritários para a melhoria da infraestrutura e indispensáveis ao crescimento".

Força Sindical: Copom perdeu oportunidade de corte maior

A direção nacional da Força Sindical considerou "tímida e insuficiente para animar o setor produtivo" a redução de 0,50 ponto porcentual da taxa Selic.

Em nota assinada pelo presidente da entidade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, a Força lembrou que "o baixo desempenho da economia é resultado da política econômica, que tem mantido os juros em patamares proibitivos para o setor produtivo".

"O Copom perdeu uma ótima oportunidade, neste início de ano, de sinalizar positivamente para o setor produtivo, gerador de emprego e renda, sobre a importância de a economia ser estimulada", afirma nota da Força Sindical.

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