O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) inicia nesta terça-feira (7) à tarde a quarta reunião do ano para avaliar um possível ajuste da taxa básica de juros (Selic). Nas três vezes anteriores houve elevações em janeiro (de 10,75% para 11,25%), em março (para 11,75%) e em abril (para os atuais 12%). Agora, os analistas financeiros aguardam novo aumento de 0,25 ponto percentual, para 12,25% ao ano.
Essa é a opinião do professor de macroeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV) Rogério Mori. Segundo ele, "a inflação ainda segue pressionada, embora exista perspectiva de algum alívio no curto prazo". Para ele, os sinais ainda apontam para um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) superior a 6% neste ano, além de a atividade econômica continuar aquecida, embora em menor ritmo.
Mori disse que alguns sinais de acomodação da atividade econômica começam a surgir, em decorrência do aperto na política monetária inciado no fim do ano passado. Apesar disso, o professor acha que o BC deve continuar o processo de elevações graduais da Selic até que a inflação dê mostras consistentes de convergência para o centro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5% ao ano.
Como Rogério Mori, a quase totalidade dos analistas de instituições financeiras consultados por pesquisa do BC, na última sexta-feira (3), acreditam em elevação da Selic para 12,25% ao ano, como mostra o boletim Focus divulgado ontem (6). Mas isso só será definido amanhã (8) à noite, depois da segunda rodada da reunião do Copom, que é realizada sempre em dois dias.
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