A Coréia do Sul se juntou neste domingo (19) aos esforços para apoiar bancos e mercados afetados pela maior crise econômica desde a Grande Depressão. Líderes mundiais pediram horas antes uma resposta global coordenada aos problemas.
Autoridades em Seul prometeram 130 bilhões de dólares horas depois de líderes dos Estados Unidos e da Europa terem dito que planejavam uma série de reuniões de cúpula globais para elaborar um plano de ação.
A crise financeira aumentou o temor no Ocidente de que muitos países poderiam entrar em recessão neste ano e no próximo. Da China, contudo, país que está certo de que se salvará dos problemas financeiros, a crítica foi clara: a culpa é do Ocidente.
A agência de notícias oficial chinesa, a Xinhua, culpou os consumidores norte-americanos por alimentar a crise, com gastos descuidados.A crise se espalhou pelo mundo, forçando governos a socorrer os bancos. Países como Islândia, Ucrânia e Paquistão pediram ajuda para ativar as suas economias.
No Oriente Médio, os Emirados Árabes planejam, segundo relatos, fazer 19 bilhões de dólares de depósitos bancários de longo prazo. A Câmara de Comércio e Indústria de Omã pediu o apoio financeiro a bancos, para criar crédito.
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, declarou neste sábado que ele receberia a primeira reunião de cúpula para discutir um plano de ação conjunto, prevista para acontecer logo depois das eleições presidenciais de 4 de novembro no país.
Um comunicado conjunto, divulgado depois de uma reunião entre Bush, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, em Camp David (EUA), disse que o foco são as reformas necessárias para ajustar o sistema financeiro."Outras cúpulas serão planejadas para implementar acordos em passos específicos", afirmou o comunicado, acrescentando que outros líderes mundiais serão contactados nesta semana.
Em Seul, as autoridades correram com o plano de resgate para os mercados locais, devido a preocupação que o endividamento externo dos bancos pudesse fazer a quarta economia da Ásia vulnerável.
"O governo decidiu se juntar aos esforços coordenados globais para estabilizar o mercado financeiro e vai continuar a tomar medidas para esse fim", declarou o ministro das Finanças, Kang Man-soo.
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