O corpo do presidente da Companhia Paranaense de Energia (Copel), Ronald Ravedutti, começou a ser velado no fim da tarde desta quarta-feira (24), no Palácio das Araucárias, em Curitiba. O velório ocorre no Auditório Mário Lobo e deve se estender até as 22h. O enterro será realizado na manhã de quinta-feira (25) na cidade natal de Ravedutti, Santo Antônio da Platina, no Norte do estado.
O local onde o corpo é velado ficou cheio durante a noite. Familiares, amigos e funcionários da Copel compareceram ao auditório para prestar as últimas homenagens. Algumas autoridades também estiveram presentes como a senadora eleita Gleisi Hoffmann, o diretor-geral da Itaipu Binacional, Jorge Samek, e o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures.
O governador Orlando Pessuti antecipou a volta dele a Curitiba para comparecer ao velório de Ravedutti. Ele estava em Brasília para audiências com o Banco do Brasil e com a Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antac).
Acidente
O presidente da Copel morreu durante a manhã em um acidente registrado no km 38 da BR-116, em Campina Grande do Sul, na região metropolitana. O local é próximo à Represa do Capivari. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o carro em que ele estava se perdeu em uma curva, rodou na pista e capotou. Ravedutti acabou lançado para fora do veículo pelo vidro traseiro.
A companhia informou que também estavam no carro um motorista da empresa, Sebastião Marcos da Silva, e um fotógrafo da Coordenação de Marketing, Antonio Carlos Borba. Os dois tiveram ferimentos leves.
Eles voltavam de São Paulo, onde estiveram no Seminário Nacional de Distribuição. Ravedutti acompanhou equipes de eletricistas da Copel que, representando a empresa, conquistaram os dois primeiros lugares no Rodeio Nacional de Eletricistas.
Luto
O governador Orlando Pessutidecretou luto oficial de três dias no estado em razão da morte do presidente do Copel. Ele declarou ser amigo de Ravedutti há 28 anos. "Sempre foi um dos meus principais articuladores na coordenação política e sempre foi uma pessoa muito próxima. O Brasil perde uma das lideranças do setor energético", disse Pessuti por meio do microblog Twitter.
Também no Twitter, o senador Alvaro Dias e a senadora eleita Gleisi Hoffmann lamentaram a morte. Na sessão desta quarta-feira da Assembleia Legislativa, diversos deputados estaduais elogiaram a atuação de Ravedutti à frente da Copel. "Ele não apenas ocupava um cargo em uma empresa estatal. Era uma apaixonado pela Copel e falava da companhia como algo do Paraná e não de um governo específico. Os paranaenses perdem uma grande pessoa", declarou a deputada Rosane Ferreira. Carreira
Ravedutti foi o 16º presidente da Copel. Ele assumiu o cargo no dia 27 de abril deste ano, eleito pelo Conselho Administrativo da companhia.
Ele era formado em Ciências Econômicas pela Fundação de Estudos Sociais do Paraná (Fesp) e realizou diversos cursos de especialização nas áreas de administração, economia e finanças. Funcionário de carreira, Ravedutti ingressou na Copel em 1971, sempre trabalhando na área financeira. Ele foi diretor Econômico-Financeiro e de Relações com o Mercado em 1994 e, a partir de 2003, comandou as diretorias de Finanças e de Relações com Investidores, de Gestão Corporativa e de Distribuição.
Substituto
A Copel informou que a Diretoria Executiva da empresa realizou uma reunião ainda durante a manhã e definiu que o diretor de Geração e Transmissão de Energia e de Telecomunicações, Raul Munhoz Neto, vai assumir provisoriamente a presidência da Copel até que o Conselho de Administração defina um novo presidente.
Em nota, Munhoz Neto declarou que Ravedutti "era um dos mais empolgados e dinâmicos dos quase 9 mil copelianos que emprestam à empresa seu talento e conhecimento. Era esse o seu estilo, de participar ativamente de tudo o que dissesse respeito à Copel".
Ronald Ravedutti deixa a mulher, Tânia Mara Cestari Ravedutti, e três filhos, Gustavo, Fernanda e Giovana