Os Correios e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) começaram a negociar uma parceria comercial para desenvolver o sistema nacional de e-mail seguro, encomendado pelo Ministério das Comunicações. A intenção do governo é de incentivar esse trabalho em conjunto para agilizar o lançamento do serviço e reduzir a mão de obra para viabilizar a medida - criada como resposta às denúncias de espionagem do serviço de inteligência norte-americano ao governo e empresas brasileiras.
De acordo com o Ministério das Comunicações ainda há intenção de incluir nesse processo as empresas privadas que tiverem interesse de patrocinar o aperfeiçoamento da ferramenta em troca de anúncios que aparecerão na tela dos usuários. "Por exemplo um banco que queira oferecer empréstimo aos servidores federais, eles podem ter interesse em anunciar nesse e-mail", disse o ministro Paulo Bernardo.
Como está liderando o processo, a pasta anunciou que pretende, nos próximos meses, trocar o atual serviço de e-mail da americana Microsoft, o Outlook, pela criação nacional --ainda que em sua versão primeira, oferecida pelo Serpro.
A ideia é que após a implementação das melhorias, o sistema seja de uso obrigatório, ao menos no governo federal.A proposta inicial do governo era de criar um sistema criptografado, para lançamento no segundo semestre de 2014. O sistema seria desenvolvido e lançado pelos Correios. O projeto nacional, a prova de "bisbilhotices", porém, já existia, conforme reportagem publicada pela Folha de S.Paulo.
Criado pelo Serpro, em 2010, o e-mail criptografado atende hoje mais de 700 mil pessoas. O governo, então, decidiu "unir esforços", ou seja, usar como base o sistema já existente e fazer melhorias pontuais no programa, como implementar o serviço de entrega certificada. O projeto de melhorias ainda está sendo discutido.