O Tribunal Superior do Trabalho (TST) confirmou um reajuste de 8% aos funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e determinou que eles voltem a trabalhar nesta quinta-feira (10). Os empregados estavam em greve desde setembro.
A decisão do TST manteve o reajuste oferecido pelos Correios de 8% nos salários mais 6,27% nos benefícios, além de um vale-extra de R$ 650,65. Em relação ao plano de saúde demandado pela categoria, o tribunal manteve os atuais direitos sem nenhum custo adicional, assim como ofertado pela empresa.
Pela decisão do TST, os dias parados terão de ser compensados. Para os ministros que participaram do julgamento, a greve não foi abusiva. O caso foi julgado pelos integrantes da Seção Especializada em Dissídios Coletivos do tribunal.
Para fazer a compensação, os funcionários terão que trabalhar duas horas a mais de segunda a sexta-feira pelo prazo de 180 dias de modo a normalizar a entrega de cartas e encomendas em todo o país. O expediente de sábado e domingo não será alterado.
De acordo com o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), Jurandir Damião da Silva, os trabalhadores sentiram que não saíram derrotados e que a greve trouxe benefícios à categoria. "Não foi uma perda. Além do aumento, conquistamos nosso plano de saúde", diz.
Ele reclama, no entanto, que os sindicatos do Rio de Janeiro e de São Paulo quebraram o movimento nacional por terem feito apenas dois dias de greve, o que não deu oportunidade de os trabalhadores dos estados de participar da paralisação.
A reportagem tentou entrar em contato com os Correios no Paraná, mas ninguém foi localizado para se pronunciar até as 19h15. A assessoria de imprensa dos Correios em Brasília se manifestou por meio de nota e ressaltou que o TST acatou acatou a proposta da empresa em relação ao reajuste e à oferta do plano de saúde.
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