Os analistas de mercado demoraram para elaborar suas recomendações a respeito das ações da Petrobras depois da divulgação do balanço da empresa nesta quarta-feira (28).
Ainda assim, as sugestões não mudaram em relação ao que já era recomendado há alguns meses e continuam sendo de cautela. As corretoras reforçam que, diante das perdas no valor das ações, o melhor é continuar com os papéis. Para quem não tem Petrobras na carteira, a recomendação é não comprar.
"Os dados do balanço não ajudaram a esclarecer as dúvidas que permeiam a empresa, portanto mantemos a recomendação que temos desde agosto que é de cautela", disse Luis Gustavo Pereira, da Guide Investimentos.
Segundo Pereira, as dúvidas sobre o tamanho do impacto dos desvios citados na Operação Lava Jato, se o balanço do quarto trimestre sairá e quando a PriceWaterHouseCoopers vai assinar os números continuam. Pereira prevê ainda que os próximos dias ainda serão fortes oscilações na cotação dos papéis.
Para Willian Eid Junior, professor de Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV), os que optarem por segurar os papéis na carteira, esperando a valorização, terão de ter paciência.
"É para esperar 10 anos. Isso é um caso de corrupção sério e na minha opinião, a coisa ainda vai piorar e, só daqui 10 anos, melhorar", afirmou.
Justamente por causa do prazo longo de espera, Eid acrescenta que não é qualquer pessoa que pode segurar as ações na carteira. Ele até diz que se a maior parte do patrimônio do investidor estiver na Petrobras e o prazo previsto para aquele aporte é de prazo mais curto, o melhor é vender e procurar outra alternativa de aplicação.
O professor da FGV recomenda os títulos vinculados ao juro como as Letras Financeiras ou os fundos de renda fixa.
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