Embalado pelo bom humor nos mercados internacionais e influenciado pelo forte desempenho das ações de estatais, na esteira da corrida eleitoral, o principal índice da Bolsa brasileira fechou esta segunda-feira (25) em alta, no maior nível em um ano e meio.
O Ibovespa subiu 2,27%, para 59.735 pontos - patamar mais elevado desde 1º de fevereiro de 2013, quando ficou em 60.351 pontos. O volume financeiro foi de R$ 6,180 bilhões. A cifra está em linha com a média diária do mês de agosto, de R$ 6,032 bilhões.
Segundo analistas, a questão política continua sendo o principal "driver" para o mercado de ações brasileiro. "Há expectativa de que a candidata Marina Silva (PSB) irá mostrar melhora ou até aparecer à frente da presidente Dilma Rousseff (PT) em um possível segundo turno em pesquisa eleitoral prevista para esta semana", diz Leandro Ruschel, analista e diretor da Escola de Investimentos Leandro&Stormer.
Isso animou os investidores, que têm dado sinais de descontentamento com a gestão das estatais pelo atual governo. As ações preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras dispararam 5,26% nesta segunda (25), para R$ 22,02 cada uma. Já as ordinárias (com direito a voto) subiram 5,38%, a R$ 20,78.
Outras estatais subiram: o Banco do Brasil avançou 3,54%, para R$ 31,54, enquanto a ação ordinária da Eletrobras teve valorização de 2,23%, a R$ 7,33. Já o papel preferencial da companhia do setor elétrico ganhou 1,38%, a R$ 11,78.
O setor financeiro, principal segmento dentro do Ibovespa, colaborou para o avanço do índice. "Os bancos são muito sensíveis à situação econômica e estamos num período ruim para a economia em termos de resultado fiscal, balança comercial, PIB e inflação. Ou seja, a menor esperança de mudança já traz otimismo", completa Ruschel.