O corte generalizado de energia feito a pedido do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) na tarde desta segunda-feira (19) atingiu pelo menos sete estados e o Distrito Federal.
Foram atingidos São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal. Há possibilidade de que outros estados tenham sido afetados, já que as distribuidoras ainda estão confirmando os desligamentos.
A determinação do ONS que obrigou diversas distribuidoras do país a reduzir a oferta de energia retirou ao menos 2.770 MW do sistema.
O número leva em consideração as cargas comunicadas pelas empresas AES Eletropaulo (700 MW), CPFL Energia (800 MW), Copel (320 MW), Light (500 MW), Elektro (200 MW), CEEE (100 MW) e Celesc (150 MW).
A quantia cortada, contudo, deve ser mais expressiva, já que várias empresas não divulgaram ainda detalhes sobre o desligamento.
A energia já foi restabelecida na maioria dos estados, conforme as distribuidoras. No Paraná, segundo a Copel, 300 mil residências ficaram sem energia por cerca de uma hora.
Em nota, a Copel informou que, por determinação do Operador Nacional do Sistema (ONS), precisou cortar 320 MW de carga do sistema elétrico no estado, o equivalente a 6% da carga total, às 14h54.
"A manobra foi acionada pelo Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC) e teve seu ápice por volta das 15h15, momento em que 300 mil domicílios de diferentes regiões do Paraná tiveram o fornecimento de energia interrompido", informou a companhia.
Por volta das 16 horas, a situação já havia sido normalizada. A Copel esclarece que o ERAC é um dispositivo acionado por determinação do ONS automaticamente e as áreas afetadas são determinadas previamente.
No Paraná, nenhuma unidade essencial - como hospitais, corpo de bombeiros e órgãos públicos - foi afetada.
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O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) não confirmou os locais atingidos, mas, por meio de sua assessoria, informou que há áreas no país em que o fornecimento foi interrompido.
Em nota à imprensa divulgada no fim da tarde desta segunda-feira, o órgão afirmou que "mesmo com folga de geração no Sistema Interligado Nacional (SIN), restrições na transferência de energia das Regiões Norte e Nordeste para o Sudeste, aliadas à elevação da demanda no horário de pico, provocaram a redução na frequência elétrica".
O ONS explica que, na sequência, ocorreu a "perda de unidades geradoras" em dez usinas que atendem o Sudeste, Centro-Oeste e Sul, totalizando 2.200 MW. O órgão diz que, "com isso, afrequência elétrica caiu a valores da ordem de 59 Hz, quando o normal é 60 Hz".
"Visando restabelecer a frequência elétrica às suas condições normais, o ONS adotou medidas operativas em conjunto com os agentes distribuidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, impactando menos de 5% da carga do Sistema", completa o ONS.
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