Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento no final de outubro| Foto: Diogo Zacarias/MF
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O pacote de cortes de gastos do governo está praticamente concluído, dependendo apenas da posição do Ministério da Defesa. A declaração foi feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista veiculada pelo canal CNBC Times Brasil, que entrou em operação nesta domingo (17).

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Segundo ele, as medidas já estão alinhadas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tem por objetivo garantir o crescimento econômico sustentável e dentro das regras fiscais.

A expectativa, de acordo com O Globo, é que o anúncio oficial das medidas ocorra após a visita do presidente da China, Xi Jinping, e o encerramento da Cúpula do G20, no Rio de Janeiro.

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O ministro diz que o pacote busca corrigir distorções e evitar que o arcabouço fiscal perca credibilidade, o que comprometeria a confiança na economia.

Ele ressaltou que o governo está focado em manter as despesas sob controle e recompor as receitas, após anos de déficits fiscais que, segundo ele, prejudicaram o crescimento econômico do país.

"Precisamos fazer com que a despesa cresça num ritmo moderado e que a receita seja recomposta. Perdemos muita receita concedendo subsídios, muitas vezes sem retorno adequado", afirmou.

Segundo relatos de bastidores, Haddad sinalizou à cúpula do Congresso e a líderes partidários que o pacote, que prevê economia de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026, inclui mudanças no reajuste do salário mínimo, ajustes nos critérios de programas sociais, como o Bolsa Família, e um combate ao que o ministro chama de "supersalários".

As medidas atingirão áreas com os maiores orçamentos, como Saúde, Educação e Defesa. Haddad reconheceu a pressão para evitar cortes em áreas sociais, mas defendeu os ajustes como essenciais para garantir o equilíbrio fiscal. "Já fui ministro da Educação e também já reclamei. Cada ministério defende sua agenda, mas precisamos pensar no todo, para que todos possam crescer juntos", destacou.

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O chefe da Fazenda afirmou que, ao reduzir distorções e melhorar a gestão fiscal, será possível fomentar a atividade do setor privado, estimular a geração de empregos e promover um crescimento robusto e sustentável.

Além disso, ele destacou que ajustes nas regras de previdência dos militares estão sendo discutidos em colaboração com os comandantes das Forças Armadas.