Ministro da Fazenda diz que Lula passou o fim de semana analisando as opções e baterá o martelo à tarde.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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O ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou nesta segunda (4) que fechará o corte de gastos do governo à tarde com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e que os detalhes serão anunciados ainda nesta semana.

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De acordo com ele, Lula passou o final de semana analisando as possibilidades e vai bater o martelo à tarde. Pela manhã, os dois tiveram uma reunião no Palácio do Planalto específica para tratar sobre a cúpula do G20, daqui a duas semanas, com o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores).

“Em relação à Fazenda, têm várias definições e que estão muito adiantadas. O presidente passou o final de semana, inclusive, trabalhando o assunto. Pediu para que técnicos viessem à Brasília para apresentar detalhes para ele. Eu penso que nós estamos na reta final”, disse o ministro a jornalistas.

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Haddad disse que a reunião deve ter a participação de outros ministros mais próximos do presidente – provavelmente Rui Costa (Casa Civil) – e pediu “algumas horas” para ter algum encaminhamento sobre a proposta. Ele, no entanto, não adiantou detalhes do pacote – que vem sendo cobrado pelo mercado.

“Ele [Lula] é quem vai definir quem comunica, como comunica, o modelo de apresentação”, emendou.

Ainda segundo Fernando Haddad, o cancelamento da viagem que faria à Europa nesta semana estava na dependência do anúncio dos cortes. “Como o presidente pediu para eu ficar, e como as coisas estão muito adiantadas do ponto de vista técnico, acredito que estejamos prontos nesta semana pra anunciar”, pontuou.

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Haddad viajaria à Europa para uma agenda de negócios por Paris, Londres, Berlim e Bruxelas. O pedido de Lula para ele não viajar, no entanto, ocorreu em meio à disparada do dólar na última sexta (1º), em que chegou a R$ 5,87, maior nível desde maio de 2020, devido às incertezas do mercado com os rumos da economia brasileira.

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A disparada do dólar e a inflação prevista pelo mercado financeiro já bem acima da meta para este ano -- de 4,59% -- podem influenciar diretamente as discussões do Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne nesta semana para discutir a taxa básica de juros. A expectativa é de que haja um aumento de 0,5 ponto percentual na atual Selic, que está em 10,75%.

O Banco Central tem reiterado que vai manter a taxa elevada até que a inflação seja trazida para o mais próximo possível do centro da meta, de 3%. Atualmente, o teto é de 4,5%.

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