Outro lado
Veja o que cada shopping tem a dizer sobre a pesquisa:
Jardim das Américas "Esse tipo de pesquisa é importante para termos uma avaliação externa do nosso trabalho. Com ela, podemos ter um atendimento ainda melhor no nosso espaço, promover progressos e alcançar resultados sempre significativos. Para uma primeira participação no IBRC, alcançar quase 80% da pontuação nos mostra que estamos no caminho certo para oferecer o melhor em atendimento e estrutura aos nossos clientes."
Palladium "Consideramos que a pesquisa do IBRC é balizadora para novas ações, pois mostra caminhos que podemos perseguir, aponta justamente os pontos que precisamos melhorar. Ficamos dentro do conforme, mas isso já não é mais suficiente para atender ao nosso consumidor, que está mais exigente. Aquele que não estiver preparado e disposto e melhorar a qualidade do serviço que oferece precisa correr porque vai perder mercado."
Curitiba, Crystal e Estação (pertencentes à BRMalls) "Os resultados da pesquisa certamente indicam oportunidades de aperfeiçoamento, mas também revelam resultados que merecem ser comemorados. Os shoppings Curitiba, Crystal e Estação buscam promover melhorias constantes e experiências inovadoras aos consumidores curitibanos. Entre os investimentos recentes estão as revitalizações da praça de alimentação, fraldário, banheiros e fachada do Crystal, a reforma completa da praça de alimentação do Estação e o bom desempenho do Curitiba em uma pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Relacionamento com o Cliente (IBRC), que colocou o shopping entre os "Top 10" no Brasil no que se refere à qualidade do atendimento ao cliente."
Pátio Batel "Somos o shopping melhor colocado fora do eixo Rio-São Paulo, segundo o IBRC. O Pátio Batel acredita que a alta qualidade no atendimento é imprescindível para proporcionar uma experiência única ao cliente. Por isso, este é um dos quesitos que mais damos atenção. Esta pesquisa chancela nossa confiança de que estamos no caminho certo."
Mueller "Estamos sempre empenhados em proporcionar bem-estar aos clientes. Entre as melhorias realizadas estão a substituição de todo o piso, forro, paisagismo, mobiliário, revestimentos dos pilares e comunicação visual; e benfeitorias nos estacionamentos, com um novo sistema que indica o número de vagas disponíveis. Além disso, todos os pisos contam com wi-fi gratuito. No quesito segurança, houve um aumento de 20% no investimento desse setor."
Parkshopping Barigui O shopping não quis se manifestar a respeito da pesquisa.
A qualidade do atendimento aos clientes nos shoppings de Curitiba melhorou no último ano, mas ainda está longe do ideal. É o que mostra a 2.ª edição da pesquisa realizada pelo Instituto Ibero-Brasileiro de Relacionamento com o Cliente (IBRC), que avaliou o desempenho de 119 estabelecimentos em cinco regiões metropolitanas do país, incluindo oito shoppings de Curitiba.
INFOGRÁFICO: Veja as falhas na qualidade do atendimento aos clientes nos shoppings de Curitiba
Apenas o Pátio Batel, inaugurado em setembro de 2013, atingiu a excelência nos critérios que avaliam a qualidade do atendimento aos clientes. O shopping também ficou entre os três melhores estabelecimentos do país. Em outros quatro Curitiba, ParkShopping Barigüi, Mueller e Palladium , o nível do atendimento foi considerado médio ou conforme, e em mais três Estação, Crystal e Jardim das Américas foi classificado como baixo ou não conforme.
Embora a nota geral tenha melhorado de 77,7%, em 2013, para 79,4%, neste ano , não foi suficiente para elevar o nível do atendimento nos shoppings da capital, que ainda é considerado baixo, segundo a pesquisa. Mesmo assim, Curitiba tem o melhor desempenho, superando São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília. "A qualidade do atendimento ao cliente nos shoppings de Curitiba melhorou bastante. Faltou pouco para que o desempenho geral passasse de baixo para médio na classificação", afirma o presidente do IBRC, Alexandre Diogo.
Pontuação
Neste ano, a pesquisa do IBRC avaliou dez aspectos diretamente ligados ao atendimento dos clientes e atribuiu aos shoppings índices que vão de zero a 100%, classificando o atendimento como excelente (90% a 100%), médio (80% a 89%) e baixo (0 a 79%). Foram analisadas, por exemplo, a quantidade e a limpeza dos banheiros; sinalização dos estacionamentos; postura e educação dos funcionários; abordagem dos clientes dentro do mall; pontos de energia e oferta de wi-fi; itens de acessibilidade; e cumprimento do Código de Defesa do Consumidor (CDC).
Na comparação com a pesquisa do ano passado, cinco dos nove itens avaliados nos dois anos do ranking tiveram melhora, enquanto quatro pioraram. No conjunto geral, os shoppings de Curitiba evoluíram mais em aspectos ligados à estrutura física, porém, pecaram em um ponto importante da pesquisa, que é o respeito ao CDC. Segundo Diogo, nenhum dos oito shoppings avaliados cumpre integralmente a exigência de colocar os preços dos produtos expostos nas vitrines.
Além disso, em todos os estabelecimentos foram encontradas lojas que aplicam preços diferentes conforme a forma de pagamento. "Todos os shoppings tiveram pelo menos uma loja com essa prática. Como administrador, cabe ao shopping estabelecer as regras para utilização do espaço, inclusive para as lojas", afirma.
O ponto positivo foi o item "facilidades", que foi incluído neste ano na pesquisa e mede, por exemplo, a oferta e a qualidade do wi-fi, e a quantidade de pontos de energia nos estabelecimentos da capital.
Concorrência
Comparação estimula mercado a promover melhorias
A pesquisa do IBRC aponta um comportamento comum entre os shoppings avaliados em todo o país. A maioria mostra preocupação com a qualidade do espaço e o mix de lojas, mas esquece de focar na qualidade dos serviços prestados aos clientes, ressalta Alexandre Diogo, presidente do IBRC. Um termômetro, segundo ele, é a queda na qualidade do serviço presencial. "Temos uma crise de mão de obra no Brasil e os shoppings sofrem com a dificuldade para contratar mão de obra qualificada. Isso tem impacto no serviço prestado ao consumidor", avalia.
Além disso, os estabelecimentos não estão investindo em treinamento de pessoal, uma forma direta de melhorar este cenário. Nesse sentido, o foco do ranking é dar ao consumidor uma visão comparativa do que está acontecendo neste setor para que ele possa escolher e cobrar melhorias. "A única forma de fazer o shopping correr atrás é a comparação, porque ela mexe com o mercado. O gestor inteligente não vai tomar isso como algo ruim, mas como um desafio para melhorar", diz.
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