O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, defendeu nesta quarta-feira estímulos à inclusão da população mais pobre na economia brasileira. Coutinho reafirmou o compromisso do governo de "enfrentar e reduzir expressamente a pobreza absoluta" no Brasil. No entanto, observou que as políticas brasileiras deveriam também se voltar para promover uma sustentabilidade de emprego e renda no horizonte de longo prazo entre os mais pobres.
Isso, na prática, poderia conduzir a uma superação dos programas de transferência de renda. "Temos que gerar o desenvolvimento de baixo para cima, gerando capacidade própria de contribuição. Este é o desafio da inclusão produtiva", afirmou. Para ele, o desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais (APLs) no Brasil poderia promover este movimento.
Ele acrescentou ainda que o BNDES tem notado uma crescente demanda por crédito para microempreendedores no Brasil. Um dos exemplos citados por Coutinho foi o desempenho do Cartão BNDES, que desembolsou recursos de R$ 4 bilhões no ano passado, e foi responsável por cerca de 600 mil operações de crédito em 2010, com tíquete médio de financiamento em torno de R$ 8.000.
Investimento
Coutinho afirmou que já está definido o valor do novo aporte do Programa de Sustentação de Investimento (PSI). O programa do BNDES foi criado em 2009, quando a crise ainda afetava a economia brasileira, para disponibilizar financiamentos na compra de máquinas e equipamentos na indústria brasileira.
Porém, Coutinho se recusou a mencionar valores. Ele explicou que a divulgação de números é de competência de órgãos hierarquicamente superiores ao BNDES. "Há uma definição (do valor). Mas vai ser anunciada pelo Ministério da Fazenda", afirmou. Coutinho não mencionou, contudo, quando o anúncio será realizado.
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