O Credit Suisse divulgou nesta quinta-feira que está cortando 11% de sua força de trabalho, ou 5.300 postos, depois de informar que sofreu um prejuízo líquido de 3 bilhões de francos suíços (US$ 2,5 bilhões) em outubro e novembro.
A instituição financeira informou que o prejuízo, ocorrido principalmente na área de banco de investimento, onde haverá a maioria dos cortes de emprego, se deve às condições adversas do mercado e à redução do risco.
Mais de 100 mil postos de trabalho foram cortados no setor financeiro, enquanto bancos ao redor do mundo reduzem custos para combater a pior crise financeira desde a Grande Depressão.
"Essas ações vão nos deixar melhor posicionados para uma persistência das condições desafiadoras do mercado, captura de oportunidades que surjam em meio à crise e prosperar quando os mercados melhorarem", afirmou o presidente-executivo do Credit Suisse, Brady Dougan.
O banco ainda anunciou que vai ter custos de reestruturação de 900 milhões de francos suíços, a maioria no quarto trimestre.
Após terem mergulhado 9% na quarta-feira, as ações do Credit Suisse refletiam o anúncio, disparando 8% para 29,88 francos suíços por volta das 8h15 (horário de Brasília).
"Nós deveríamos ter esperado por isso. As ações do Credit Suisse já estavam indicando algo, à medida que recentemente apresentavam desempenho significantemente pior que as do UBS", afirmou um operador.
O banco divulgou que a maioria das demissões devem acontecer até o fim do primeiro semestre de 2009 e devem ser implementadas "por todas as divisões do banco".
O anúncio desta quinta-feira eleva os cortes de vagas no banco este ano para 7.100, o que leva o total de funcionários da instituição para cerca de 45 mil. O rival UBS está cortando cerca de 9 mil posições, a maioria na área de banco de investimento.
O Credit Suisse informou que sua área de banco de investimento sofrerá dois terços dos novos cortes, o que fará o total de funcionários na unidade para 17.500 até o final de 2009 ante 21.300 no terceiro trimestre. Haverá cortes ainda em gestão de ativos e private banking.
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