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Sondagem feita pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) com seus associados indica que os empréstimos a pessoas físicas seguiram enfraquecidos em maio.As novas concessões de crédito aos consumidores recuaram quase 7% no mês, puxadas pelo desempenho negativo dos empréstimos no cartão de crédito (-16%) e para a compra de veículos (-6%).

A retração ocorre mesmo após a redução do IPI para automóveis e da permissão para que os bancos destinem parte do depósito que são obrigados a fazer no Banco Central para a compra de veículos. Mas as novas medidas valeram, na prática, apenas na última semana do mês. Já a queda dos cartões pode ser explicada por efeitos sazonais (típicos do mês).

O Banco Central divulga nesta terça-feira os dados compilados de todo o sistema financeiro para o mês de maio. A Febraban estima que o crédito deverá mostrar crescimento de 1,5% frente a abril. Se confirmado, o dado indica certa reaceleração nos empréstimos. Mas puxado pelos empréstimos a empresas e não para os consumidores.

O economista Wermeson França, da LCA consultores, observa que o consumidor está pagando dívidas passadas e, por isso, não pode - ou não quer - pegar novos empréstimos neste momento. Com o crédito em moderação, a economia também segue lenta.

"Quanto mais demoram a aparecer os efeitos [da recuperação] no crédito, mais é atrasada a estimativa de recuperação mais forte da economia brasileira", afirma França.

A Febraban estima também que as taxas e spreads bancários (diferença entre o custo do dinheiro para o banco e a taxa cobrada ao consumidor) devem apresentar um novo recuo em maio, até por conta da redução dos empréstimos via cartão de crédito - que são mais caros.

A entidade não fez estimativa para a inadimplência do consumidor, mas afirma que "sinais de melhora na qualidade dos portfólios ajudariam numa recuperação mais forte [do crédito]".

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