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Pátio da fábrica da Renault: empresa recebeu R$ 70 milhões do BNDES em 2010 | Valterci Santos / Gazeta do Povo
Pátio da fábrica da Renault: empresa recebeu R$ 70 milhões do BNDES em 2010| Foto: Valterci Santos / Gazeta do Povo

Presidente do banco vai a evento da Fiep

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, vem hoje a Curitiba para falar com empresários paranaenses sobre investimentos, inovação e a segunda fase da Política de De­­senvolvimento Produtivo do governo federal (PDP2). O evento, promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), deve reunir cerca de 500 empresários. Também estão confirmados o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, além de representantes do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

Beneficiários incluem gigantes do estado

Dentre as empresas que contrataram diretamente os recursos do BNDES estão gigantes da economia paranaense, apesar de não haver concentração nas escolhas feitas pelo banco.

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  • Confira a posição do Paraná no ranking de destino dos recursos do banco de fomento

O volume de financiamentos do Banco Nacional de Desen­volvimento Econômico e Social (BNDES) no Paraná cresceu mais que o dobro da média nacional em 2010, atingindo a marca recorde de R$ 11,2 bilhões em desembolsos. A soma dos recursos aplicados no ano passado no estado apresentou alta de 51,7% sobre 2009, enquanto no Brasil essa expansão foi de 23,5%, totalizando R$ 168,4 bilhões no mesmo período.

Com isso, o Paraná galgou duas posições no ranking dos principais destinos de recursos do banco, ultrapassando Rio Grande do Sul e Pernambuco. Hoje o estado recebe uma fatia de 6,6% do que é desembolsado em todo o país, ficando atrás apenas dos três principais estados da Região Sudeste – São Paulo (R$ 45,9 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 35,9 bilhões) e Minas Gerais (R$ 13,3 bilhões).

Para o gerente de operações do Banco Regional de Desen­volvimento do Extremo Sul (BRDE) – principal repassador de recursos do BNDES no Paraná –, Paulo César Starke Junior, a explicação para esse salto está na retomada de projetos de investimentos "engavetados" em 2009, ano marcado pelas incertezas da crise econômica internacional. "A melhora do cenário, somada ao aumento da participação dos bancos públicos no mercado de crédito e à criação de novas linhas de financiamento, com juros mais competitivos, ajudaram a alavancar a procura por financiamentos", avalia. "Além disso, muitas operações contratadas em 2009 só foram liberadas em 2010", completa. Em 2010, o BRDE desembolsou R$ 932 milhões na agência do Paraná, volume que representa 8,3% dos recursos federais destinados ao estado.

Os recursos do BNDES são considerados fundamentais para a aplicação das políticas de desenvolvimento do governo do estado. O programa Paraná Compe­titivo, sob responsabilidade das secretarias de Estado da Fazenda (Sefa) e de Indústria e Comércio (Seim), busca recursos do banco para financiamento dos projetos enquadrados. "O investidor que precisa de financiamento pode ser encaminhado via BRDE até o limite de R$ 10 milhões. Acima deste valor, a contração é feita diretamente pelo BNDES. A secretaria atua como facilitadora", afirma o coordenador da área de investimento da Seim, Cesar Bruneto.

Mais crédito

Ainda que o governo esteja adotando medidas para conter o crédito ao consumo como forma de conter a pressão inflacionária, o volume de recursos liberados pelo BNDES nos dois primeiros meses deste ano dá indícios de que 2011 dará continuidade ao ciclo de expansão do crédito produtivo. No primeiro bimestre, o volume de desembolsos no Paraná teve alta de 30% na comparação com o mesmo período de 2010. O crescimento do volume de operações foi ainda maior, de 38%.

O setor que mais cresceu foi a indústria, com mais de R$ 535 milhões em financiamentos liberados, seguido pelo setor de comércio e serviços. "Vai haver continuidade nos investimentos. O nível está muito forte e as perspectivas são boas para setores como infraestrutura, energia e investimentos em logística e exportação", avalia Starke.

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