O aumento das provisões para os créditos de liquidação duvidosa e novas constituições para contingências de processos cíveis derrubou o lucro da Caixa Econômica Federal em 48,2% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Entre janeiro e março de 2009, o lucro líquido da instituição financeira foi de R$ 452 milhões, ante ganhos de R$ 873 milhões em iguais meses de 2008. Em relação ao quarto trimestre do ano passado, a queda foi de 26,9%.

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No período, as despesas com provisões somaram R$ 725 milhões, o que representa uma alta de 98,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o vice-presidente de Risco e Controle, Marcos Vasconcelos, a elevação da despesa acompanha o crescimento da carteira de crédito, que nos últimos 12 meses até o fim do primeiro trimestre teve uma expansão de 52,2%.

Além dessa despesa, a Caixa inclui em seu balanço do primeiro trimestre deste ano R$ 285 milhões em contingências para processos cíveis e R$ 152 milhões em provisões para despesas de benefícios de servidores desligados. De acordo com Vasconcelos, essa provisão faz parte da adaptação às novas normas contábeis.

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A Caixa tem como expectativa expandir a carteira de crédito em 30% este ano. No fim do primeiro trimestre, o total de empréstimos somava R$ 89,21 bilhões, valor 11,4% superior ao registrado em dezembro do ano passado e 52,2% ao registrado em março de 2008.

Habitação

As contratações diretas para pessoas físicas do programa habitacional do governo federal "Minha Casa, Minha Vida" somam R$ 3,3 milhões, segundo a Caixa. Outros R$ 735 mil foram repassados no formato de subsídios para famílias com renda mensal de até seis salários mínimos. De acordo com a Caixa, todos os Estados demonstraram interesse em assinar o termo de adesão ao programa até o momento.

Incluindo as assinaturas de hoje, o "Minha Casa, Minha Vida" contará com 11 Estados e 12 capitais. Conforme a Caixa, mais 218 municípios firmaram o termo de adesão ao programa. Desde o lançamento do programa, em 13 de abril, 268 projetos de obras foram apresentados à Caixa. Isso equivale a 50.648 moradias, num montante R$ 3,6 bilhões em investiment.

O maior número de propostas entregues foi apresentado pela Região Sudeste - 144 projetos. No Estado de São Paulo, são 100 projetos, o que correspondente a 18.316 famílias. Até a última segunda-feira (dia 27), houve mais de 15 milhões de simulações no site da Caixa, o correspondente à média diária 775.091. Antes do programa, a média diária era de 283.489.

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O vice-presidente de Governo da Caixa, Jorge Herada, afirmou que a instituição analisa projetos do "Minha Casa, Minha Vida" para a construção de 11 mil moradias e que totalizam R$ 500 milhões. Essas unidades irão atender ao público com faixa de renda de até três salários mínimos.

Apenas para o público de até três salários mínimos, o objetivo é construir 400 mil moradias. No entanto, Hereda lembrou que o sucesso desse programa depende das parcerias que serão fechadas com municípios, Estados e construtoras.

CDHU

A Caixa assina hoje financiamento de R$ 350 milhões para a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), do Estado de São Paulo. O empréstimo será realizado com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e corresponde a 93 64% do investimento total de R$ 373,778 milhões do programa Pró-Moradia.

O financiamento será destinado aos projetos México 70, no município de São Vicente; Bolsão IX, em Cubatão; Cota/Casqueiro, também em Cubatão; Guarapiranga e Billings, em na capital; Pimentas, em Guarulhos; e Vila Alemoa, em Santos.

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