O saldo das carteiras de crédito direto ao consumidor (CDC) e leasing destinadas ao financiamento de veículos para pessoas físicas apresentou em julho um crescimento de 12,3% em relação a julho do ano passado. Levantamento divulgado nesta quinta (3) pela Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef) constatou acréscimo de R$ 16,5 bilhões no montante de crédito oferecido: o saldo passou de R$ 132,9 bilhões em julho do ano passado para R$ 149,4 bilhões em julho deste ano. Os dados coletados do setor bancário apontam que a alta foi puxada pelas operações de leasing, que registraram crescimento de 33,5% no mesmo período de análise, passando de R$ 49 bilhões para R$ 65,5 bilhões.

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O aumento do crédito foi comemorado pelo presidente da Anef, Luiz Montenegro. Na avaliação dele, a maior oferta de crédito e a queda das taxas de juros devem impulsionar o mercado de veículos no segundo semestre do ano. "Fatores como esse têm sido fundamentais para o excelente desempenho do setor. Se o cenário continuar nessa tendência, a expectativa é de contínuo crescimento no segundo semestre", prevê.

Montenegro ainda destaca que a retomada gradual da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre veículos novos, a partir de outubro, não deve forçar uma baixa na oferta de crédito. Ele ressalta que o governo ofertou linhas especiais de financiamento, no final do ano passado, de R$ 4 bilhões para os bancos das montadoras, montante que deve evitar o desaquecimento do setor. Dados da Anef apontam que cerca de 70% das vendas de veículos no País são financiadas.

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O levantamento mostra que o prazo máximo dos bancos para financiamento de veículos está em 80 meses, incremento de oito meses em relação ao mesmo período do ano passado (72 meses). Em relação ao prazo médio, houve queda de um mês em relação a julho de 2008, de 42 para 41 meses.

Sobre as taxas de juros, a média mensal foi de 1,49%, contra 1 75% em igual período de 2008. A inadimplência acima de 90 dias para as operações de CDC chegou a 5,3% em julho, o que corresponde a uma retração na comparação com o mês de junho, quando estava em 5,5%. A inadimplência nas operações de leasing não foi calculada pela Anef.