Credores liderados pela gigante Pimco e outros investidores concordaram na noite de sexta-feira em promover um financiamento de 215 milhões de dólares à Óleo e Gás Participações, petroleira controlada por Eike Batista, em um movimento que irá retirar do magnata o controle da empresa em falência.
O chamado financiamento DIP (debtor-in-possession), será composto pela venda de duas parcelas de títulos que serão subscritos pelos credores, disse a Óleo e Gás em comunicado à imprensa.
Inicialmente, a companhia irá emitir debêntures conversíveis no valor de 125 milhões de dólares. Os 90 milhões de dólares restantes serão emitidos posteriormente.
"Estamos muito satisfeitos por termos chegado a um acordo com os credores sobre os termos do DIP, que nos permitirá pagar o empréstimo-ponte, manter nossas operações e cumprir com nossos compromissos. Este acordo é um importante voto de confiança no potencial da OGX e um passo importante em nossa reestruturação, que, se aprovada, irá proporcionar à empresa um novo começo", declarou no comunicado o diretor presidente da OGPar, Paulo Narcélio Simões Amaral.
O acordo de financiamento entre a Óleo e Gás e seus credores foi um passo necessário, deixando Batista fora do controle da empresa.
Uma fonte disse à Reuters na manhã deste sábado que a companhia deve apresentar um plano de recuperação a um tribual no Rio de Janeiro na próxima semana. A empresa adiou a divulgação desse plano em janeiro.
A petroleira deve cerca de 5,1 bilhões de dólares a investidores, como a Pimco, e a dezenas de fornecedores, como a Schlumberger e a empresa de construção naval OSX, que, assim como a Óleo e Gás, integra o grupo EBX.
Eike, que controla a OSX, empresa também em recuperação, viu seu império de commodities e empresas industriais entrar em colapso no ano passado devido às dívidas, depois que resultados decepcionantes na produção de seus poços de petróleo afugentaram os investidores.
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