A economia dos Estados Unidos registrou um crescimento menor do que o inicialmente estimado durante o segundo trimestre do ano, à medida em que o aumento dos gastos dos consumidores não foi tão forte e empresas reduziram alguns investimentos.
O dado sinaliza que a confiança estava diminuindo mesmo antes do agravamento da crise dos mercados financeiros.
De acordo com relatório divulgado pelo Departamento de Comércio nesta sexta-feira, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu 2,8 por cento entre abril e junho, uma expansão mais fraca do que os 3,3 por cento estimados há um mês.
A nova evidência de enfraquecimento do nível de atividade econômica acabou sendo divulgado em meio à confusão em Washington quanto à aprovação do plano de resgate de empresas financeiras que fará o governo gastar 700 bilhões de dólares na compra de dívidas podres.
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, advertiu que o país enfrentará uma dolorosa recessão se o plano não for aprovado.
Embora a taxa de expansão do PIB tenha ficado 0,9 ponto porcentual acima do registrado nos três primeiros meses do ano, economistas pesquisados pela Reuters previam que o ritmo do segundo trimestre ficaria inalterado, em relação à leitura prévia, ao invés de ser revisado para baixo.
Não havia sinais de que a turbulência que atingiu Wall Street já estava se alastrando para as pequenas empresas e consumidores no segundo trimestre.
Gastos pessoais, que impulsionam dois terços da atividade econômica do país, cresceram a uma taxa revisada de 1,2 por cento ao invés do 1,7 por cento estimado anteriormente, em parte devido ao fato que gastos com bens duráveis - como carros - tiveram contração mais forte.
Analistas esperam que os consumidores continuem a economizar nos próximos meses à medida que as perdas de empregos aumentam, assim como as dúvidas sobre a capacidade da economia evitar uma recessão.