O consumidor está pagando mais caro se quiser ter um carro zero quilômetro dos modelos mais procurados do mercado. Segundo reportagem publicada neste domingo pelo jornal "O Globo", os modelos flex do Civic, sedã médio da japonesa Honda, têm sido vendidos em algumas concessionárias de Rio e São Paulo por preços entre R$ 2 mil e R$ 3 mil acima dos sugeridos pela montadora.
Os vendedores explicam na reportagem que o valor reflete a velha lei da oferta e procura: como há muita gente interessada no carro, e a montadora não tem dado conta da demanda interna, o preço do produto disponível no mercado sobe.
Para evitar filas de espera de 30 a 60 dias na compra de um carro novo, os consumidores estão aceitando pagar preços acima das tabelas das montadoras, reeditando a prática do ágio que marcou a segunda metade dos anos 80, na época dos planos econômicos contra a inflação.
- Não há tabelamento de preços. O que as montadoras têm é um preço sugerido, e as concessionárias são livres para fixar o preço que quiserem. Com isso, esses valores maiores têm a ver com o custo da ansiedade do consumidor. Ele deve fugir dessa situação e procurar, portanto, condições melhores - afirma o economista André Braz, responsável pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Getulio Vargas (FGV).
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