O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que o crescimento do País neste ano deve ficar mais próximo de 4% do que de 4,5%. Segundo ele, o 3º trimestre deve ter crescimento semelhante à expansão de 0,8% registrada de abril a junho, na comparação com o primeiro trimestre do ano. "Para o 4º trimestre esperamos certa aceleração, devido a alguns fatores, como sazonalidade de fim de ano", comentou.

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Importação

O ministro da Fazenda disse que o crescimento das importações brasileiras, de 6,1% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre, muito superior à expansão das exportações de 2,3%, no mesmo período, é um indicador de que "está havendo um vazamento do crescimento da economia brasileira para o exterior".

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Para Mantega, "isso deve-se ao câmbio e ao desespero das economias desenvolvidas e avançadas em exportar para economias mais dinâmicas como o Brasil". No entanto, segundo ele, com o câmbio mais estabilizado, esta situação poderá ser revertida. De acordo com o ministro, o dólar mais alto hoje já pode ser resposta à redução de juros feita pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) na quarta-feira e isso mostra que poderá haver uma melhora nas contas externas já no próximo trimestre.

FBCF

Mantega destacou ainda hoje o crescimento de 1,7% da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) no segundo trimestre em relação ao primeiro e disse que, anualizado, o número representa quase 7%. De acordo com ele, isso é prova de que está havendo crescimento econômico com investimento "relativamente forte".

Segundo o ministro, a Fazenda espera, neste ano, uma expansão do investimento de 10%. "É mais fraco do que em 2010, quando o crescimento foi de mais de 20%. Ocorre que no ano passado o investimento compensou 2009, quando a performance foi fraca", disse o ministro, acrescentando que neste ano a expansão do crescimento pode ser considerada normal.

Mantega, que comentou os dados do PIB do segundo trimestre em entrevista a jornalistas em São Paulo, ressaltou também que a desaceleração da economia no segundo trimestre é resultado das medidas adotadas pelo governo para conter a atividade.

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