A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, afirmou neste sábado (16) que o Brasil não tem um "problema inflacionário" e que o que houve mais recentemente foi um choque de preços de alimentos. Segundo ela, a inflação tem estado sob controle, "dentro da banda da meta" nos últimos 10 anos e deve retomar o centro da meta, de 4,5%, em 2014. "A inflação foi de 4,7% em 2012, sem o choque dos alimentos. Em 2014, alcançaremos o centro da meta de 4,5%".

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A ministra disse ainda que, embora o momento econômico que o mundo vive tenha reflexos em todas as economias do mundo, incluindo o Brasil, "os indicadores de janeiro demonstram que a recuperação do Brasil é forte". Segundo ela, os dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), divulgados na sexta-feira (15), por exemplo, já mostram uma aceleração de 1,3% em janeiro em relação a dezembro.

A ministra afirmou ainda que, embora o Brasil tenha trabalho para melhorar o desempenho competitivo, há grande abertura para que investidores estrangeiros aportem recursos em projetos de longo prazo, o que deve melhorar as condições econômicas do País.

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"A expectativa é para melhor, estamos trabalhando para isso. Nos últimos 10 anos as visões interna e externa sobre a economia só melhorou e nossas notas refletem isso", disse, referindo-se às notas de risco de crédito soberano (rating) do País. De acordo com a ministra, que está na capital panamenha desde sexta-feira para a Reunião Anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), onde tem a cadeira de governadora para o Brasil, o País é o terceiro destino de maior interesse dos investidores.

Miriam disse que o governo Dilma tem atacado nos últimos anos os problemas de competitividade, acentuados após a crise europeia, por meio de programas de capacitação de mão de obra e de projetos de inovação. "Só temos a crescer daqui por diante", disse.

Miriam falou sobre também os investimentos para grandes eventos previstos no Brasil, como a Copa do Mundo de Futebol e 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016. "Além de estádios, o grande eixo do programa é mobilidade urbana e transporte de massa", citou.