Supla interpretando Mário Lago em cena do filme "Noel, poeta da Vila"| Foto: Divulgação

Brasília – A geração de empregos com carteira assinada totalizou 1,229 milhão no ano passado. O número, que é a diferença entre o total de trabalhadores admitidos e demitidos, é 2% menor que o registrado no ano anterior (1,254 milhão). Em 2005, o número de vagas formais criadas já havia registrado queda de 17,7% em relação a 2004, melhor ano do governo Lula para o mercado de trabalho.

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Apesar da redução no ritmo de criação de empregos formais pelo segundo ano, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, considerou "razoável" o desempenho de 2006, mas destacou que poderia ter sido melhor se alguns setores não tivessem sido afetados pela valorização do real frente ao dólar e pelas altas taxas de juro.

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), nos quatro anos do governo Lula foram gerados 4.651.376 postos de trabalho. O ano passado foi o que teve o pior desempenho, perdendo apenas para 2003 (645.433 novos postos). O setor de serviços foi o que mais criou vagas nos últimos quatro anos (521.609).

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Por região, a que mais criou vagas foi a Sudeste (773.048). Esse desempenho foi puxado pela geração de empregos formais em São Paulo (472.627).

Nos programas eleitorais de 2002, o então candidato Lula falava da geração de 10 milhões de empregos. No entanto, de acordo com Marinho, isso nunca foi uma promessa, e sim uma referência à quantidade de empregos que seriam necessários para o país.

Marinho acrescentou ainda que levando em conta os empregos do funcionalismo público e do setor militar, foram criados 8,5 milhões de vagas formais nos últimos quatros anos. "A minha aposta, se não acontecer nenhuma catástrofe natural, é de que nós teremos um 2007 superior a 2006", disse.

O número de empregos formais total, incluindo funcionalismo público e militares, será conhecido no segundo semestre, com a divulgação da Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

No primeiro mandato do governo Fernando Henrique Cardoso (1995 a 1998), a geração de empregos com carteira assinada ficou negativa em 1,018 milhão. Já entre 1999 e 2002, ficou positiva em 1,815 milhão.

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De acordo com Marinho, a melhora em relação ao governo anterior ocorreu devido a um modelo de desenvolvimento diferenciado, que motivou a indústria nacional. Além disso, ele lembrou das políticas de recuperação de renda, como o reajuste do salário mínimo, que aumentou o consumo no país, e conseqüentemente a produção. "Temos um modelo de desenvolvimento diferente dos governos anteriores, com estímulo à indústria e com políticas sociais que distribuem renda e propiciam uma maior geração de empregos", disse Marinho.