O número de vagas formais criadas no mercado de trabalho brasileiro caiu 16,2% em fevereiro na comparação com o resultado recorde apurado no mesmo mês do ano passado, mas o Ministério do Trabalho afirma que ainda é cedo para falar em tendências para 2007.
- A variação mês a mês é normal, o importante é a continuidade da geração de empregos no país - afirmou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
Ele acrescentou que o resultado veio "dentro da expectativa" e que o governo só deverá fazer projeções para o desempenho do trabalho no ano a partir de abril ou maio.
No mês passado, houve a criação de 148.019 novas vagas, um crescimento de 0,53% em relação ao estoque de empregos formais. Em fevereiro de 2006 foram gerados 176.632 postos - maior resultado para o mês da série, iniciada em 1992.
No primeiro bimestre do ano, foram geradas 253.487 mil vagas, também abaixo das 263.248 criadas em janeiro e fevereiro do ano passado.
A indústria de transformação e a administração pública foram os únicos setores nos quais a geração de vagas cresceu em fevereiro na comparação com 2006.
Na indústria de transformação foram criadas 30.792 vagas em fevereiro, segundo melhor resultado da série depois de 2004, e frente a 23.558 em fevereiro de 2006.
- Vamos ficar de olho na indústria de transformação e torcer para que ela continue assim - afirmou Marinho, argumentando que o setor é o "carro-chefe" da economia.
A construção civil criou 5.522 vagas no mês passado, um crescimento de 0,41 por cento em relação ao estoque, mas uma queda de mais de 60 por cento ante as 14.993 de fevereiro de 2006.
Marinho argumentou que, no ano passado, o setor foi impulsionado por obras públicas no primeiro semestre do ano por causa das restrições para investimentos no segundo semestre de anos eleitorais. A expectativa para este ano, segundo ele, é que a atividade no setor acelere por conta das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
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