O mercado de trabalho encerrou 2009 com a criação de 995.100 vagas com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.
Após um novembro com criação recorde de vagas para o mês, dezembro registrou queda acentuada devido ao fechamento de vagas temporárias. Assim, o resultado anual foi o menor desde 2003, quando o saldo totalizou 645.433 novos empregos formais.
O total de admissões no ano passado chegou a 16,187 milhões, enquanto as demissões somaram 15,192 milhões.
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que havia previsto 1 milhão de novas vagas em 2009, comemorou o resultado: "Apesar da crise, geramos quase 1 milhão de empregos. Eu errei por apenas 5 mil, que estatisticamente é praticamente zero porcentual", argumentou. Mesmo assim, afirmou ele, o Brasil obteve o melhor resultado dentre os países do G-20, grupo que reúne as principais economias do mundo.
Lupi citou os saldos negativos registrados na Europa e nos Estados Unidos e ponderou que os dados positivos na Índia e na China não podem ser comparados com a realidade brasileira pela ausência de rigor nas legislações trabalhistas dos gigantes asiáticos.
No ano, o único setor da economia que registrou saldo negativo foi a agricultura, com o fechamento de 15.369 vagas, em decorrência da retração do comércio global, que dificultou as exportações brasileiras. Já o setor de serviços, que foi o menos afetado pela turbulência financeira, foi responsável pela abertura de 500.177 postos, mais da metade dos novos empregos criados no país.
Paraná
No Paraná, o desempenho do mercado de trabalho também foi o pior desde 2003. No acumulado do ano, o saldo entre contratações e demissões foi de 69 mil, número 38% inferior ao registrado em 2008 (110,9 mil). Ainda assim, o total de empregados no estado subiu 3,2%, ligeiramente acima do aumento médio observado em todo o país (3,1%).
Proporcionalmente, o setor que mais contratou no Paraná foi a construção civil. Foram 8,3 mil novos trabalhadores, que aumentaram o total de empregos dessa atividade em 7,6%. Em números absolutos, o destaque foi o setor de serviços, que contratou 27,4 mil pessoas ao longo do ano.
A indústria paranaense, que em 2008 havia contratado quase 22 mil trabalhadores, no ano passado aumentou seus quadros em apenas 12,8 mil funcionários. Desempenho ainda pior foi o da agropecuária, cujo saldo de empregos recuou 3,7% em 2009, resultado do fechamento de 4,4 mil postos de trabalho ao longo do ano.Em Curitiba, o grande destaque de 2009 também foi a construção civil. Entre contratações e demissões, o saldo de empregados no setor ficou positivo em 2,8 mil, aumentando em quase 9% o "estoque" de empregos. Assim como na maioria das regiões, o saldo da indústria de transformação foi positivo, mas muito inferior ao de 2008. O setor gerou 1.056 novos empregos, frente aos mais de 3 mil do ano anterior.
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