O Brasil gerou 1,48 milhão de empregos com carteira assinada no ano passado, representando uma queda de 26,3% em comparação com os números de 2022, segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Esse declínio marca o segundo ano consecutivo de retração.
O setor de serviços se destacou como o principal criador de oportunidades de trabalho no ano passado, contribuindo com a abertura de 886,2 mil postos. As cinco unidades da federação que lideraram na geração de empregos foram São Paulo (390,7 mil), Rio de Janeiro (160,6 mil), Minas Gerais (140,8 mil), Paraná (87,6 mil) e Bahia (71,9 mil).
Em dezembro, tradicionalmente, ocorreu o fechamento de postos de trabalho, totalizando 430,2 mil, o que representa uma diminuição de 0,2% em relação ao mesmo mês de 2022. Os setores mais impactados foram os de serviços (-181,9 mil) e indústria (-111 mil), sendo os cortes mais significativos entre os trabalhadores com ensino médio completo (-174,2 mil) e aqueles que recebem entre 1 e 1,5 salários mínimos.
O resultado veio abaixo das expectativas do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, que esperava, no final de novembro, que o resultado de 2023 ficasse entre 1,9 milhão a 2 milhões de postos de trabalho criados.
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