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Evento

Criação publicitária é tema de workshop do GRPCom

Rodrigues vai debater publicidade com outros profissionais do Paraná | Divulgação
Rodrigues vai debater publicidade com outros profissionais do Paraná (Foto: Divulgação)

Na próxima quarta-feira, dia 22, acontece a última etapa da segunda edição do Workshop de Criação Publicitária, do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom). O evento antecede o Prêmio GRPCom de Criação. O tema deste ano é "O processo criativo, da ideia à aprovação". Os profissionais de publicidade e propaganda terão a oportunidade de ouvir Hugo Rodrigues, Chief Operating Officer & Chief Creative Officer das agências Publicis Brasil, Salles Chemistri e Publicis Dialog.

Esse workshop já foi realizado em Foz do Iguaçu, Cascavel, Maringá, Londrina, Cianorte, Guarapuava e Ponta Grossa. Em Curitiba, o formato será um pouco dirente, no Teatro Paiol, com a participação dos publicitários que percorreram todas as regionais: Alexandre Poloni Silveira (Bronx), Victor Afonso (Master) e Claudio Freire (CCZ). A moderação ficará a cargo de Tiago Stachon (Getz).

Segundo Milena Seabra, diretora de Comunicação e Relacionamento do GRPCom, a discussão sobre a relação entre clientes e agências é muito interessante e reflete as dificuldades de todos os envolvidos no processo criativo.

O evento é gratuito e exclusivo para profissionais de comunicação e marketing. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail rsvp@grpcom.com.br.

ENTREVISTA

Hugo Rodrigues, Chief Operating Officer & Chief Creative Officer das agências Publicis Brasil, Salles Chemistri e Publicis Dialog

Resultado é mais rico quando todos são envolvidos

Trabalho em equipe, envolvendo cliente e todos os profissionais das agências, é a fórmula para desenvolver campanhas com bons resultados. É assim que trabalha o Chief Operating Officer & Chief Creative Officer das agências Publicis Brasil, Salles Chemistri e Publicis Dialog, Hugo Rodrigues.

No Workshop de Criação Publicitária o senhor vai falar sobre "O processo criativo, da ideia à aprovação". Como se dá esse processo nas agências brasileiras? É de uma forma que se mantém ao longo dos anos ou houve algum tipo de mudança?

Esse processo está mudando. Buscamos a integração não só dos profissionais da agência, mas também da agência com o cliente. O resultado é muito mais rico quando você compartilha conhecimento e envolve todas as pessoas que podem contribuir com o processo, independentemente do cargo. Acredito tanto nisso que adotei um modelo de gestão que chamo de flutuação. Na prática funciona assim: todos os envolvidos em um job podem contribuir com ideias, propostas de mídia e soluções estratégicas, independentemente do cargo. Todos são executivos de comunicação e negócios. Mas sempre há um "team leader" que vai coordenar esse processo.

A aprovação de uma campanha pode ser considerada o ponto crítico do processo? Na prática, quem é responsável pela aprovação?

Quando você trabalha em sintonia e integração com o cliente, não há motivo para que seja. A comunicação é parte da estratégia dele e precisa estar alinhada, aparecer como solução para aquilo que ele precisa. É o cliente que aprova a campanha. Mas cada vez mais trabalhamos para que ele não seja só a ponta do processo e sim parte colaborativa dele.

Hoje, em que setores as campanhas publicitárias permitem que o profissional exercite mais sua criatividade?

Não existe um setor específico. É papel do profissional buscar a melhor solução para cada trabalho que cai em suas mãos. E às vezes ele não precisa de nada muito criativo. Um exemplo é o filme de lançamento do iPad que nada mais é do que um demonstrativo do produto. Isso basta porque o produto é inovador e você não precisa inventar nada pra mostrar isso.

Entre as campanhas que o senhor já desenvolveu, destacaria alguma?

Costumo dizer que a melhor campanha é a que ainda estou criando. Mas eu poderia citar "Transformers", para a Chevrolet, que teve que ser aprovada pelos estúdios de Steven Spielberg e Michael Bay. E também por fazer parte de um trabalho que mantém a marca líder no maior mercado da América Latina – São Paulo – há 11 anos consecutivos.

O seu trabalho inclui a preocupação em mensurar resultados. Como se faz isso? Quando podemos dizer que uma campanha "funcionou"?

Existem muitos meios de mensurar resultados e isso depende do objetivo da campanha. Mas o que mais importa no final das contas são as vendas. Hoje também vivemos outro fenômeno que levamos muito em conta que é o consumidor se transformar em mídia. Se ele gosta do seu trabalho, ele mesmo vai compartilhar e tornar seu trabalho conhecido.

As boas agências estão pulverizadas pelos estados ou muito concentradas, ainda, no Rio e em São Paulo?

As maiores estão centralizadas no eixo Rio-São Paulo. Mas na Publicis entendemos que é preciso contar também com o conhecimento profundo e verdadeiro do mercado local, de suas características e das particularidades de cada região. Por isso fomos pioneiros em criar uma rede de agências coligadas com representantes em todas as regiões do Brasil. No Sul, por exemplo, temos como coligada a CCZ, em Curitiba, a Globalcomm, em Porto Alegre, e a Mercado, em Florianópolis.

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