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Abalo global

Crise atinge em cheio as montadoras de automóveis

As maiores montadoras do mundo continuam anunciando resultados trimestrais decepcionantes, em razão da queda nas vendas de automóveis, em meio à atual crise financeira internacional. Essa queda nos números, assim como o forte recuo no valor ações das empresas do setor, estão levando à revisão das previsões de faturamento em 2008 e até mesmo à redução da produção, com a interrupção parcial de atividades em alguns países.

Segundo o site do jornal argentino El Clarín, a americana General Motors enviou nesta sexa-feira (14) telegramas demitindo 500 trabalhadores da fábrica que tem em Rosario, na Argentina.

A francesa Renault foi uma das montadoras que anunciou nesta sexta-feira que fechará quase todas suas fábricas na França por pelo menos uma ou duas semanas para ajustar sua produção aos estoques elevados, decorrentes da queda nas vendas nos últimos meses. Algumas fábricas na Europa também deverão interromper a produção por alguns dias.

A empresa, que já havia anunciado anteriormente 6 mil demissões na Europa, deve reduzir a produção em 20% até o final do ano. A Renault estima que em 2008 suas vendas no mercado europeu poderão cair 8% em relação ao ano passado. Mesmo alguns mercados emergentes, como a Rússia e a China, começam a dar sinais de desaceleração nas vendas.

Outra montadora francesa, a Peugeot Citroën, a maior da França, também anunciou hoje que reduzirá fortemente a produção até o final do ano. O estoque do grupo atingiu no final de setembro 677 mil carros. No mesmo período do ano passado, o volume era de 566 mil. A companhia também informou que dará continuidade à política de aumento dos preços.

As vendas do grupo registraram forte queda de 10,7% na Europa no terceiro trimestre de 2008, segundo resultados anunciados nesta sexta-feira. O faturamento caiu 5,2% no terceiro trimestre, passando a 13,3 bilhões de euros.

Nos EUA, a General Motors divulgou que vai suspender temporariamente as contribuições para o fundo de pensão de seus funcionários, a Chrysler - atualmente em negociação para uma fusão com a GM - anunciou o corte de 1.825 empregados. Já as européias Fiat e Daimler reviram suas expectativas para o mercado. A italiana Fiat revelou que prevê uma queda de até 20% na demanda global em 2009 e a alemã Daimler teve queda de 65,7% em seu lucro operacional, que chegou a 648 milhões. A sul-coreana Hyundai teve queda de 38% no lucro líquido no terceiro trimestre, para 264,8 bilhões de wons (US$ 187,5 milhões).

A fabricante sueca de caminhões Volvo também apresentou nesta sexta-feira queda de mais de 30% no lucro do terceiro trimestre , afetada pela demanda mais fraca na Europa, América do Norte e Japão em conseqüência da crise financeira global.

Nos EUA, a Toyota Motor deve reduzir sua previsão de vendas no mundo de 9,7 milhões de veículos em 2009, diante da expectativa de que as vendas da indústria na América vão cair abaixo dos 13 milhões de unidades, afirmou a agência de notícias Jiji, nesta sexta-feira.

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