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Crise? Caixa fecha melhor semestre da história, com lucro de R$ 6,7 bilhões

 | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
(Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)

A Caixa Econômica Federal reportou nesta segunda-feira (20) lucro líquido de R$ 3,63 bilhões no segundo trimestre, alta de 8,6% em relação aos três primeiros meses do ano e de 34% ante igual período de 2017. No primeiro semestre, o lucro do banco soma R$ 6,65 bilhões, 63,3% superior ao de 12 meses atrás e o maior montante já alcançado pela Caixa em um semestre.

O resultado operacional atingiu R$ 9,1 bilhões no primeiro semestre, crescimento de 127% sobre 2017, calcado no controle das despesas administrativas (-5,8%) com planos de demissão voluntária, aumento das receitas com serviços (+6,5%) e melhoria da qualidade da carteira de crédito, o que influenciou a alta de 21,5% no resultado bruto da intermediação financeira. 

A carteira de crédito ampla da Caixa totalizou R$ 695,3 bilhões no primeiro semestre de 2018, um recuo de 2,9% na comparação anual, apesar do aumento de 3,6% no crédito habitacional -o banco detém 62,8% de participação no mercado neste segmento.

A carteira imobiliária chegou a R$ 436,4 bilhões, sendo R$ 250,9 bilhões concedidos com recursos do FGTS, um aumento de 13%, e R$ 185,6 bilhões com recursos da poupança, que recuaram 7%.

Segundo o banco, houve redução também na exposição de carteiras consideradas de maior risco -como à pessoa jurídica, que despencou 25,7%-, num esforço para adequar a instituição a Basileia 3 (sistema de regras financeiras internacionais criado para garantir solidez a bancos).

“Mesmo diante do recuo do crédito, a Caixa manteve sua participação no mercado superior a 20%, em linha com o planejado pela empresa”, disse o banco.

A mudança na composição da carteira acabou gerando uma redução de 30,9% na despesa de provisão para devedores duvidosos, que foi de R$ 7,1 bilhões.  

“Essa redução é reflexo do recuo de R$ 20,6 bilhões na carteira de crédito, na mudança de sua composição com a migração para um crédito de baixo risco, além do aperfeiçoamento das ações de cobrança e renegociação”, disse o banco.

O índice de inadimplência acima de 90 dias de 2,50% recuou 0,4 ponto percentual em comparação ao primeiro trimestre de 2018 e permaneceu estável em relação ao primeiro semestre de 2017.

A inadimplência na habitação, no entanto, avançou de 1,64% no segundo trimestre de 2017 para 1,80% neste ano, enquanto a inadimplência no segmento comercial passou de 5,15% para 5,46%.

Ao final de junho, a Caixa tinha 90,8 milhões de correntistas e poupadores -88,1 milhões deles de pessoas físicas – e 4,2 mil agências e postos de atendimento.

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