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Crise da Avianca faz Temer liberar 100% de aéreas para estrangeiros via MP

A Avianca pediu recuperação judicial na última  terça-feira (11). | VANDERLEI ALMEIDA/AFP
A Avianca pediu recuperação judicial na última terça-feira (11). (Foto: VANDERLEI ALMEIDA/AFP)

O presidente Michel Temer assinou nesta quinta-feira (13) uma medida provisória que abre espaço para que estrangeiros assumam o controle de companhias aéreas no país podendo chegar a 100% do capital. Hoje, o limite é de 20%.

A decisão foi tomada em meio ao processo de recuperação judicial da Avianca. A MP permitirá a formação de um grupo de investidores estrangeiros interessados em assumir a companhia diante da inexistência de alternativas entre empresários locais.

A abertura do capital das empresas aéreas para estrangeiros já vinha sendo discutida no Congresso, onde existe um projeto de lei em tramitação.

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Pessoas que participaram das discussões afirmam que houve um acordo para que a medida entrasse em vigor imediatamente para que seja convertida em lei posteriormente no Congresso.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), deu aval à edição de uma medida provisória que abre espaço para que estrangeiros assumam o controle de companhias aéreas no país podendo chegar a 100% do capital. 

"Vamos em frente", disse o eleito ao futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. 

Guedes afirmou à reportagem que consultou Bolsonaro depois de ter sido avisado por telefone, na quarta-feira (12), pelo atual chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, sobre a edição da MP. De acordo com o futuro ministro, ele disse a Padilha que, como liberal é favorável à medida, mas avisou que consultaria Bolsonaro.

Após uma conversa com o eleito no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), transmitiu ao atual governo o sinal positivo à edição da MP. Guedes ressalva que a decisão de editar uma MP não partiu do próximo governo, mas que há um alinhamento nas decisões.

O texto foi assinado nesta quinta-feira (13) pelo presidente Michel Temer em meio ao pedido de recuperação judicial da Avianca.

"Seria muito ruim se uma ou duas dessas empresas fechasse", disse Guedes, que é liberal e favorável à abertura do mercado. Na visão dele, o setor aéreo no Brasil é muito fechado.

Gol, TAM e Azul, que têm investidores ou parceria com empresas estrangeiras, também poderão rever os acordos em vigor.

A Latam Airlines declarou ser favorável ao capital estrangeiro nas companhias aéreas, tendo em vista que se trata de um setor que exige capital intensivo.

"Essa medida estimula o crescimento, gerando riqueza para o Brasil", afirmou a companhia em nota, ao ser questionada sobre o anúncio feito na tarde desta quinta-feira, 13, pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, de que o presidente Michel Temer assinou uma Medida Provisória que libera até 100% de capital estrangeiro nas companhias aéreas que atuam no Brasil.

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