O primeiro-ministro italiano Mario Monti dará o tom para os líderes empresariais e políticos reunidos em Davos (Suíça) nesta semana no Fórum Econômico Mundial, com um discurso intitulado "Liderando contra a adversidade". O encontro, que começa hoje, vai reunir mais de 1.500 líderes empresariais e até 50 chefes de Estado ou de governo.
Em um dos eventos que antecedem o fórum, a atriz sul-africana Charlize Theron foi premiada por seu trabalho humanitário relacionado com a prevenção da Aids no continente africano. Ela disse que os líderes globais deveriam se preocupar mais com a doença e elogiou a concentração de cérebros em Davos. "Sinto que estou ficando mais inteligente por osmose", brincou.
"É muito claro que o futuro da economia mundial é baseado em restaurar a confiança", afirmou o fundador do fórum, Klaus Schwab.
Ainda há um bom caminho a ser percorrido, de acordo com pesquisa da empresa de relações públicas globais Edelman. "Os níveis de confiança em governos são piores do que para o negócio, mas ambos são terríveis", disse Richard Edelman, presidente da empresa.
O chairman do UBS, Axel Weber, e o presidente-executivo do JP Morgan Chase, Jamie Dimon, estão entre os principais representantes no fórum de Davos da indústria financeira, que é o setor menos confiável, segundo a pesquisa Edelman, com apenas 50 por cento globalmente.
"Há mais certezas do que havia três ou quatro meses atrás", disse Kevin Kelly, presidente-executivo da Heidrick & Struggles. "Esta é uma virada no humor. Há um velho ditado que diz que do chão não passa; economicamente falando, estamos no porão agora. Não há para onde ir, só para cima.".