A crise financeira internacional deve ser enfrentada com taxas de juros básicos próximas de zero. Foi o que defendeu o diretor do Centro de Políticas e Relações Internacionais da Universidade de Johns Hopkins (Washington), Robert Guttmann, ao participar do Seminário Internacional sobre Desenvolvimento, promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
Guttman fez referência a afirmação feita nesta quinta-feira (5), primeiro dia do evento, pelo presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, sobre os juros no país. Meirelles disse que os juros básicos (Selic) estão baixos e em processo de redução. Mas, para Guttmann, os juros no Brasil também deveriam estar próximos de zero ou até abaixo desse nível.
Segundo ele, Bancos Centrais como o do Japão estão entrando em um novo capítulo da história. Os bancos centrais estão em uma fase experimental e eles precisam fazer isso para evitar um colapso de crédito.
Sobre a crise financeira no mundo, Guttmann afirmou ainda que é preciso consertar o sistema bancário. É o coração da economia, disse o diretor. Só depois é que podemos pensar nos hábitos que nos levou ao coração ruim.
Ele acrescentou que é preciso fechar bancos em situação de risco (insolventes), principalmente os transnacionais. Há vários bancos que são transnacionais e talvez metade esteja insolvente. Ou têm que morrer ou têm que ser concertados. Há que haver uma abordagem global para o conserto desses bancos, afirmou.
Guttmann ressaltou que, depois do conserto dos bancos, é preciso dar a essas instituições um código de conduta. Ele acrescentou que é preciso criar um sistema de licenciamento de inovações financeiras e pensar em regulações globais.
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