A crise do gás brasileiro deverá se refletir em "imediato aumento no custo de energia elétrica", informou o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Jerson Kelman.
Em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo" publicada na edição deste sábado (3), ele afirmou que o impacto será sentido no chamado mercado livre, que atinge consumidores mais de 3 MWh, como indústrias e até alguns shoppings centers.
Segundo o executivo da Aneel, as incertezas sobre o fornecimento de gás às usinas térmicas pela Petrobras elevarão o custo da energia.
Kelman comparou a oferta insuficiente de gás para atender às demandas de usinas térmicas, indústrias e veículos que usam o produto como combustível é um "cobertor curto". "No curto prazo, isso vai afetar os grandes consumidores", concluiu.
A crise
Para repassar gás a usinas termelétricas, a Petrobras reduziu o volume repassado a distribuidoras. O problema é que não há gás suficiente para abastecer as usinas sem prejudicar as indústrias e os consumidores que utilizam o gás natural.
Por conta disso, a estatal reduziu na quarta-feira em 17% o fornecimento de gás para as companhias CEG, CEG-Rio e Comgás, afetando o abastecimento nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. O abastecimento foi normalizado depois de liminar expedida pela Justiça do Rio.
A escassez do combustível é mais preocupante no Rio de Janeiro, já que o estado tem a maior frota de carros movidos a Gás Natural Veicular (GNV) do país.
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, reafirmou que a estatal vai recorrer da decisão e disse que o Brasil precisa "desestimular" o consumo de gás natural neste momento de escassez do produto.
Governistas querem agora regular as bets após ignorar riscos na ânsia de arrecadar
Como surgiram as “novas” preocupações com as bets no Brasil; ouça o podcast
X bloqueado deixa cristãos sem alternativa contra viés woke nas redes
Cobrança de multa por uso do X pode incluir bloqueio de conta bancária e penhora de bens
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast