O parque industrial brasileiro já começa a sentir os efeitos da crise internacional, de acordo com levantamento realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) a pedido do Grupo Estado. Alguns setores tiveram redução expressiva da utilização da capacidade instalada, como móveis, têxteis, químicos e indústria mecânica.
Em geral, a indústria sofreu redução de 0,7 ponto porcentual de julho para outubro no uso da capacidade instalada, passando a 85 1%. A maior retração apontada ocorreu entre os fabricantes de móveis. Em julho, eles usavam 85,7% da capacidade instalada; em outubro, 76,9%. O desaquecimento da economia nos Estados Unidos, principal destino das exportações de móveis, foi um dos motivos que levaram à queda.
As montadoras de automóveis vão usar este ano 85% da capacidade instalada. Em outubro, as vendas recuaram 11% em relação a setembro. Na comparação com outubro de 2007 a queda foi de 2,1%. Fiat, Ford, GM e Volks reduziram produção.
Na indústria química, de julho para outubro, o uso da capacidade caiu de 85,3% para 81,6%. A categoria de bens intermediários, que processa matérias-primas, apresentou recuo de 2,1 pontos porcentuais no uso de sua capacidade instalada, para 85,4%. O único indicador positivo foi o dos fabricantes de bens de consumo, com aumento de 85% para 86,2%.
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