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A TAM anunciou na segunda-feira (1) o fechamento do museu que mantém em São Carlos (SP). O motivo é a crise econômica, principalmente no setor aeroviário, que dificulta manter o local, que conta com 90 aeronaves. Segundo a companhia, houve “a necessidade de um estudo interno de viabilidade econômica do museu, que deverá ocorrer ao longo deste ano”.

Oficialmente, as atividades estão “suspensas temporariamente”, devendo ainda ser analisada a situação. Com mais de 20 mil metros quadrados de área, o empreendimento foi criado há quase dez anos e é considerado o maior museu de aviação do mundo mantido por uma companhia aérea privada.

Ele surgiu a partir da restauração de um antigo monomotor Cessna dos irmãos Rolim, fundador da TAM, e João Amaro.

Entre o acervo do museu, que fica localizado na Rodovia Engenheiro Talles de Lorena Peixoto, constam aviões clássicos, jatos e caças, a maioria em plenas condições de voo. Destaque para o Fokker 100, o MiG -21 e o Dassault Mirage III, entre outros.

Também há simuladores de voo e mais atrações, incluindo um espaço para crianças. Os visitantes pagavam R$ 25 para visitar o museu, que foi aberto pela primeira vez em novembro de 2006. Depois foi fechado em 2008 e reinaugurado de forma oficial em junho de 2010.

O custo de manutenção mensal estaria em torno de R$ 300 mil e antes já havia sido cogitada a possibilidade de mudar o museu para São Paulo. Seria também uma forma de ampliar o número de visitantes, que era considerado baixo (mais de 100 mil pessoas no ano de 2014). Porém, a mudança não vingou e continua apenas no projeto.

A suspensão das atividades, que começou a valer no último final de semana, pegou turistas de surpresa e não faltaram comentários na internet. Uma mulher reclamou que foi com a família e se deparou com o local fechado. “Minhas filhas ficaram chorando”, afirmou. Outros lamentaram a falta de informações sobre quando o museu será reaberto.

Desaceleração

A empresa informou em nota que “a decisão está atrelada ao acirramento dos desafios econômicos do País, provocado pelo aumento da inflação e pela alta do dólar em relação ao real, resultando em uma desaceleração do setor aéreo”.

Argumenta ainda que “tentou de todas as formas buscar alternativas para manter o espaço em funcionamento, mas infelizmente, diante de um cenário econômico desafiador, não foi possível”.

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